domingo, dezembro 23, 2007
quinta-feira, dezembro 20, 2007
O meu tempo anda um bocado possuído por folhas de cálculo e formulários de candidatura online... mas no outro dia, algures, ouvi esta música... e... aqui fica a letra e o vídeo.
* * *
Who's gonna tell you when it's too late,
Who's gonna tell you things aren't so great.
You cant go on,
Thinking,
Nothing is wrong,
but bye,
Who's gonna drive you home tonight?
Who's gonna pick you up when You fall?
Who's gonna hang it up when you call?
Who's gonna pay attention to your dreams?
And who's gonna plug their ears when you scream?
Who's gonna hold you down when you shake?
Who's gonna come around when you break?
P.S.: Sim... quem...?
* * *
Who's gonna tell you when it's too late,
Who's gonna tell you things aren't so great.
You cant go on,
Thinking,
Nothing is wrong,
but bye,
Who's gonna drive you home tonight?
Who's gonna pick you up when You fall?
Who's gonna hang it up when you call?
Who's gonna pay attention to your dreams?
And who's gonna plug their ears when you scream?
Who's gonna hold you down when you shake?
Who's gonna come around when you break?
P.S.: Sim... quem...?
sábado, dezembro 08, 2007
A matriz de Eisenhower
Dwight Eisenhower foi um militar norte-americano que se notabilizou por dois factos: foi o comandante da operação Overlord no assalto à costa da Normandia (com o famoso dia D) e pelo facto de ter sido Presidente dos Estados Unidos da América.
Curiosamente, o seu nome foi associado a uma matriz utilizada em processos de tomada de decisão – esta matriz tem dois eixos: urgência e importância. Confrontados com diferentes problemas simultâneamente, o decisor (ou decisores) podem estabelecer prioridades na resolução de problemas – porque não se pode resolver tuo ao mesmo tempo... o “truque” da abordagem da matriz é que tem de se resolver em primeiro lugar aquilo que é importante e urgente e depois aquilo que é importante mas não tão urgente. Eu sei que isto explicado sem um desenho pode ser complicado de perceber...
A questão da urgência e da importância coloca-se muito na política – o que é que é importante ou urgente para diferentes perspectivas políticas? Ora esta questão depende muito dos diferentes actores e do seu poder ou capacidade de influência dos processos de decisão. Opiniões são como os chapéus (há muitas...) e muitas vezes encontramos, de facto, visões diferenciadas nas mesmas questões.
Mas o problema, muitas vezes, não é a diferença de opiniões: o problema reside na urgência ou importância destas mesmas questões. Por exemplo, o tema “Juventude” - que Políticas de Juventude para Portugal, para o Distrito de Setúbal ou para o Concelho do Seixal? Pergunto ao leitor: este tema é importante e/ou urgente? Ou nenhuma das outras situações anteriores?
Para contextualizar melhor a questão: imagine que tem um donativo para dar a uma instituição e tem à sua frente uma associação juvenil, uma Instituição Particular de Solidariedade Social e uma Escola - a quem iria dar esse apoio?
Eu sei é uma pergunta com rasteira mas ilustra uma situação real na medição do que é importante ou urgente e que acontece frequentemente. O tema “Juventude” é formalmente de segunda linha e frequentemente tapado por temas como “Educação”, “Desporto” e “Acção Social”. O facto é que o futuro de um País está nos jovens mas o Presente não... e na prática as políticas de Juventude são sempre um processo de boas intenções com recursos nulos... e como podemos mudar isto?
Eu sou de uma geração de dirigentes associativos que aprendeu a temer as juventudes partidárias (as “jotas”) e a querer sobretudo distância delas. As ramificações juvenis dos partidos são, muitas vezes, prolongações dos próprios partidos que visam o recrutamento de “novo sangue” e a instrumentalização do universo juvenil – ficamos sempre com a ideia de que há uma agenda escondida nos representantes das “jotas” - basta olhar para o Conselho Nacional de Juventude... mas hoje sinto que falta “barulho” e que o “silêncio” unânime a que relegada esta dimensão da política portuguesa (e do concelho...) fez com que não houvesse necessidade em progredir no quadro da sua política sectorial.
Quando, no dia 27 de Junho, a JSD propôs a criação de um Cartão Jovem Municipal e a criação de um Conselho Municipal de Juventude, mais do que analisar qualitativamente as propostas desta juventude partidária, há que em primeiro lugar enaltecê-las - há coisas que depois podemos sempre discutir, discordar ou até achar deslocadas do contexto actual mas tem de se pôr no plano de uma agenda política cheia de outros assuntos que muitas vezes passam por ser mais importantes e mais urgentes e o não são.
As juventudes partidárias são, com todas as vicissitudes, estruturas que podem tornar visíveis problemas, necessidades que são urgentes e importantes. Neste momento, mais do que saber o que é certo ou errado, importa criar uma consciência preocupada nos políticos e nos cidadãos. Os autarcas do Seixal (e neste grupo incluo também a CDU...) sabem da importância do investimento na área da Juventude. O que está a faltar é a percepção da urgência...
Dwight Eisenhower foi um militar norte-americano que se notabilizou por dois factos: foi o comandante da operação Overlord no assalto à costa da Normandia (com o famoso dia D) e pelo facto de ter sido Presidente dos Estados Unidos da América.
Curiosamente, o seu nome foi associado a uma matriz utilizada em processos de tomada de decisão – esta matriz tem dois eixos: urgência e importância. Confrontados com diferentes problemas simultâneamente, o decisor (ou decisores) podem estabelecer prioridades na resolução de problemas – porque não se pode resolver tuo ao mesmo tempo... o “truque” da abordagem da matriz é que tem de se resolver em primeiro lugar aquilo que é importante e urgente e depois aquilo que é importante mas não tão urgente. Eu sei que isto explicado sem um desenho pode ser complicado de perceber...
A questão da urgência e da importância coloca-se muito na política – o que é que é importante ou urgente para diferentes perspectivas políticas? Ora esta questão depende muito dos diferentes actores e do seu poder ou capacidade de influência dos processos de decisão. Opiniões são como os chapéus (há muitas...) e muitas vezes encontramos, de facto, visões diferenciadas nas mesmas questões.
Mas o problema, muitas vezes, não é a diferença de opiniões: o problema reside na urgência ou importância destas mesmas questões. Por exemplo, o tema “Juventude” - que Políticas de Juventude para Portugal, para o Distrito de Setúbal ou para o Concelho do Seixal? Pergunto ao leitor: este tema é importante e/ou urgente? Ou nenhuma das outras situações anteriores?
Para contextualizar melhor a questão: imagine que tem um donativo para dar a uma instituição e tem à sua frente uma associação juvenil, uma Instituição Particular de Solidariedade Social e uma Escola - a quem iria dar esse apoio?
Eu sei é uma pergunta com rasteira mas ilustra uma situação real na medição do que é importante ou urgente e que acontece frequentemente. O tema “Juventude” é formalmente de segunda linha e frequentemente tapado por temas como “Educação”, “Desporto” e “Acção Social”. O facto é que o futuro de um País está nos jovens mas o Presente não... e na prática as políticas de Juventude são sempre um processo de boas intenções com recursos nulos... e como podemos mudar isto?
Eu sou de uma geração de dirigentes associativos que aprendeu a temer as juventudes partidárias (as “jotas”) e a querer sobretudo distância delas. As ramificações juvenis dos partidos são, muitas vezes, prolongações dos próprios partidos que visam o recrutamento de “novo sangue” e a instrumentalização do universo juvenil – ficamos sempre com a ideia de que há uma agenda escondida nos representantes das “jotas” - basta olhar para o Conselho Nacional de Juventude... mas hoje sinto que falta “barulho” e que o “silêncio” unânime a que relegada esta dimensão da política portuguesa (e do concelho...) fez com que não houvesse necessidade em progredir no quadro da sua política sectorial.
Quando, no dia 27 de Junho, a JSD propôs a criação de um Cartão Jovem Municipal e a criação de um Conselho Municipal de Juventude, mais do que analisar qualitativamente as propostas desta juventude partidária, há que em primeiro lugar enaltecê-las - há coisas que depois podemos sempre discutir, discordar ou até achar deslocadas do contexto actual mas tem de se pôr no plano de uma agenda política cheia de outros assuntos que muitas vezes passam por ser mais importantes e mais urgentes e o não são.
As juventudes partidárias são, com todas as vicissitudes, estruturas que podem tornar visíveis problemas, necessidades que são urgentes e importantes. Neste momento, mais do que saber o que é certo ou errado, importa criar uma consciência preocupada nos políticos e nos cidadãos. Os autarcas do Seixal (e neste grupo incluo também a CDU...) sabem da importância do investimento na área da Juventude. O que está a faltar é a percepção da urgência...
quarta-feira, novembro 28, 2007
sábado, novembro 10, 2007
quinta-feira, novembro 01, 2007
In this proud land we grew up strong
We were wanted all along
I was taught to fight, taught to win
I never thought I could fail
No fight left or so it seems
I am a man whose dreams have all deserted
Ive changed my face, Ive changed my name
But no one wants you when you lose
Dont give up
cos you have friends
Dont give up
Youre not beaten yet
Dont give up
I know you can make it good
Though I saw it all around
Never thought I could be affected
Thought that wed be the last to go
It is so strange the way things turn
Drove the night toward my home
The place that I was born, on the lakeside
As daylight broke, I saw the earth
The trees had burned down to the ground
Dont give up
You still have us
Dont give up
We dont need much of anything
Dont give up
cause somewhere theres a place
Where we belong
Rest your head
You worry too much
Its going to be alright
When times get rough
You can fall back on us
Dont give up
Please dont give up
got to walk out of here
I cant take anymore
Going to stand on that bridge
Keep my eyes down below
Whatever may come
And whatever may go
That rivers flowing
That rivers flowing
Moved on to another town
Tried hard to settle down
For every job, so many men
So many men no-one needs
Dont give up
cause you have friends
Dont give up
Youre not the only one
Dont give up
No reason to be ashamed
Dont give up
You still have us
Dont give up now
Were proud of who you are
Dont give up
You know its never been easy
Dont give up
cause I believe theres the a place
Theres a place where we belong
Peter Gabriel
To give up or not to give up - eis a questão...
We were wanted all along
I was taught to fight, taught to win
I never thought I could fail
No fight left or so it seems
I am a man whose dreams have all deserted
Ive changed my face, Ive changed my name
But no one wants you when you lose
Dont give up
cos you have friends
Dont give up
Youre not beaten yet
Dont give up
I know you can make it good
Though I saw it all around
Never thought I could be affected
Thought that wed be the last to go
It is so strange the way things turn
Drove the night toward my home
The place that I was born, on the lakeside
As daylight broke, I saw the earth
The trees had burned down to the ground
Dont give up
You still have us
Dont give up
We dont need much of anything
Dont give up
cause somewhere theres a place
Where we belong
Rest your head
You worry too much
Its going to be alright
When times get rough
You can fall back on us
Dont give up
Please dont give up
got to walk out of here
I cant take anymore
Going to stand on that bridge
Keep my eyes down below
Whatever may come
And whatever may go
That rivers flowing
That rivers flowing
Moved on to another town
Tried hard to settle down
For every job, so many men
So many men no-one needs
Dont give up
cause you have friends
Dont give up
Youre not the only one
Dont give up
No reason to be ashamed
Dont give up
You still have us
Dont give up now
Were proud of who you are
Dont give up
You know its never been easy
Dont give up
cause I believe theres the a place
Theres a place where we belong
Peter Gabriel
To give up or not to give up - eis a questão...
domingo, outubro 28, 2007
Bem...
Li este artigo de opinião notável de Ferreira Fernandes sobre o ataque racista em Barcelona... a escrita dele é muito fluída, atraente e provocadora - podemos não concordar mas ele escreve bem...
Ele acaba o texto com um slogan brilhante para uma campanha para a sensabilização para a interculturalidade:
É dando-nos conta da merda de cão que nos desviamos dela.
Li este artigo de opinião notável de Ferreira Fernandes sobre o ataque racista em Barcelona... a escrita dele é muito fluída, atraente e provocadora - podemos não concordar mas ele escreve bem...
Ele acaba o texto com um slogan brilhante para uma campanha para a sensabilização para a interculturalidade:
É dando-nos conta da merda de cão que nos desviamos dela.
quinta-feira, outubro 25, 2007
Não 1 mas 2 vídeos!!!
No outro dia, estava com um voluntário na associação e ele mostrou-me este clip feito por Michel Gondry, um realizador francês com uma imaginação notável... percam algum tempo a ver o clip [dos Chemical Brothers - Star Guitar] e o respectivo processo.
[Processo]
[Produto]
P.S.: Ok... não resisti são 3... este é um clip para os White Stripes [ Fell In Love With A Girl ]... não resisti aos legos!
No outro dia, estava com um voluntário na associação e ele mostrou-me este clip feito por Michel Gondry, um realizador francês com uma imaginação notável... percam algum tempo a ver o clip [dos Chemical Brothers - Star Guitar] e o respectivo processo.
[Processo]
[Produto]
P.S.: Ok... não resisti são 3... este é um clip para os White Stripes [ Fell In Love With A Girl ]... não resisti aos legos!
terça-feira, outubro 23, 2007
Brincar aos judeus e nazis
Em Setembro, dois jovens portugueses lembraram-se de saltar o muro do cemitério judeu em Lisboa e libertaram o seu génio artístico nas campas com elementos da iconografia nazi. Surpresa! Ou não...
Eu sei: não tem piada!
Mas era importante reflectirmos sobre este episódio para algumas conclusões ou interrrogações... os dois jovens, associados a movimentos de extrema-direita, foram detidos e as vozes de repúdio levantaram-se: em pleno ano europeu para a igualdade de oportunidades, em Portugal aconteceu um fenómeno estranho e alienígena aos brandos costumes do nosso Portugal.
E o que é que a extrema-direita portuguesa quer com os judeus? Os judeus roubam empregos ou põem em causa a segurança dos portugueses? Bem esta questão entra no domínio do ridículo mas a causa preferencial do mal do nosso país para a extrema-direita portuguesa reside na imigração – para os “nacionalistas”, junta-se o útil ao agradável – porque na sua cabeça (e na cabeça de outros...) imigrantes = pretos + monhés + chinocas + estrangeiros em geral.
Provavelmente eles devem ser fãs de Tomás de Torquemada – o inquisitor que expulsou os judeus de Espanha no século XV. Não me parece... o Judeu não é o “arqui-inimigo” da extrema-direita portuguesa e o Torquemada era espanhol. Mas afinal porque é que miúdos profanam campas de judeus?
A Áustria e a Alemanha, mais do que vergonha, têm medo do seu passado anti-semita – não há jovem alemão que não tenha, pelo menos uma vez, tenha visitado um campo de concentração como Auschwitz-Birkenau ou Dachau. São experiências que em alguns casos são muito fortes, quando se observa o cabelo, os ossos, os dentes, as roupas e pertencentes daqueles que morreram lá... pura pedagogia pelo horror e pela vergonha.
Para nós, a contabilidade dos mortos do Nazismo é algo que fazemos à distância de um clique no comando da televisão para o Canal História. Ver cadáveres na Televisão e na Internet é cada vez mais fácil – faz parte das tarefas quotidianas do Cidadão Global. Mesmo quando não sabemos aquilo que representa, de facto, nós podemos sempre brincar aos judeus e nazis sem nunca perder, com a inocência de uma criança. O que torna este atque profundamente estranho e ridículo...
Chamar estes jovens marginais de estúpidos é o caminho mais fácil mas não responde ao desafio que está para vir – porque 1) não foi por falta de informação sobre o anti-semitismo que eles foram profanar um cemitério judeu e 2) não foi pelas razões clássicas do “racismo português” que praticaram este acto de xenofobia.
É importante encarar este problema com clareza científica, livres de preconceitos ideológicos. O racista será objecto das políticas sociais no futuro pois constituí um obstáculo real às políticas sociais do futuro: adianta muito pouco “demonizar” este tipo de comportamentos. É importante compreender as causas do fenómeno, as ramificações e entender que o tema da interculturalidade está presente em diferentes domínios da sociedade. Anúncios e campanhas onde se declara de forma maniqueísta qual o comportamento certo ou errado é uma perda de dinheiro.
Com isto não pretendo justificar ou desculpabilizar a profanação dos cemitérios judaicos – o que quero afirmar é que é preciso falar com um doente para saber quais os sintomas da doença, mesmo quando ele sofre de demência. Porque é de uma epidemia global e social que falamos – os fenómenos migratórios vão determinar ainda mais as agendas políticas dos governos que em tempos de crise vão sempre pelo caminho mais fácil e não pelo melhor caminho.
Em Setembro, dois jovens portugueses lembraram-se de saltar o muro do cemitério judeu em Lisboa e libertaram o seu génio artístico nas campas com elementos da iconografia nazi. Surpresa! Ou não...
Eu sei: não tem piada!
Mas era importante reflectirmos sobre este episódio para algumas conclusões ou interrrogações... os dois jovens, associados a movimentos de extrema-direita, foram detidos e as vozes de repúdio levantaram-se: em pleno ano europeu para a igualdade de oportunidades, em Portugal aconteceu um fenómeno estranho e alienígena aos brandos costumes do nosso Portugal.
E o que é que a extrema-direita portuguesa quer com os judeus? Os judeus roubam empregos ou põem em causa a segurança dos portugueses? Bem esta questão entra no domínio do ridículo mas a causa preferencial do mal do nosso país para a extrema-direita portuguesa reside na imigração – para os “nacionalistas”, junta-se o útil ao agradável – porque na sua cabeça (e na cabeça de outros...) imigrantes = pretos + monhés + chinocas + estrangeiros em geral.
Provavelmente eles devem ser fãs de Tomás de Torquemada – o inquisitor que expulsou os judeus de Espanha no século XV. Não me parece... o Judeu não é o “arqui-inimigo” da extrema-direita portuguesa e o Torquemada era espanhol. Mas afinal porque é que miúdos profanam campas de judeus?
A Áustria e a Alemanha, mais do que vergonha, têm medo do seu passado anti-semita – não há jovem alemão que não tenha, pelo menos uma vez, tenha visitado um campo de concentração como Auschwitz-Birkenau ou Dachau. São experiências que em alguns casos são muito fortes, quando se observa o cabelo, os ossos, os dentes, as roupas e pertencentes daqueles que morreram lá... pura pedagogia pelo horror e pela vergonha.
Para nós, a contabilidade dos mortos do Nazismo é algo que fazemos à distância de um clique no comando da televisão para o Canal História. Ver cadáveres na Televisão e na Internet é cada vez mais fácil – faz parte das tarefas quotidianas do Cidadão Global. Mesmo quando não sabemos aquilo que representa, de facto, nós podemos sempre brincar aos judeus e nazis sem nunca perder, com a inocência de uma criança. O que torna este atque profundamente estranho e ridículo...
Chamar estes jovens marginais de estúpidos é o caminho mais fácil mas não responde ao desafio que está para vir – porque 1) não foi por falta de informação sobre o anti-semitismo que eles foram profanar um cemitério judeu e 2) não foi pelas razões clássicas do “racismo português” que praticaram este acto de xenofobia.
É importante encarar este problema com clareza científica, livres de preconceitos ideológicos. O racista será objecto das políticas sociais no futuro pois constituí um obstáculo real às políticas sociais do futuro: adianta muito pouco “demonizar” este tipo de comportamentos. É importante compreender as causas do fenómeno, as ramificações e entender que o tema da interculturalidade está presente em diferentes domínios da sociedade. Anúncios e campanhas onde se declara de forma maniqueísta qual o comportamento certo ou errado é uma perda de dinheiro.
Com isto não pretendo justificar ou desculpabilizar a profanação dos cemitérios judaicos – o que quero afirmar é que é preciso falar com um doente para saber quais os sintomas da doença, mesmo quando ele sofre de demência. Porque é de uma epidemia global e social que falamos – os fenómenos migratórios vão determinar ainda mais as agendas políticas dos governos que em tempos de crise vão sempre pelo caminho mais fácil e não pelo melhor caminho.
segunda-feira, outubro 15, 2007
Aniversário.
No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas
lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado —,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...
Álvaro Campos
Paranbéns pá! Parabéns...
No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas
lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado —,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...
Álvaro Campos
Paranbéns pá! Parabéns...
domingo, outubro 07, 2007
O nú.
1. Tinha um jovem que colaborava com a Rato e ele dizia que na Internet podemos simular todos os sentimentos sem que o(s) outro(s) interlocutor(es) perceba(m). Eu, por outro lado, disse-lhe que as pessoas tem uma tendência a exporem-se emocionalmente no domínio do on-line.
2. Marion Jones, uma campeã olímpica norte-americana de atletismo, admitiu o uso de substâncias dopantes durante um período da sua carreira [YouTube]... fez uma declaração pública teve de descambar em lágrimas.
3. A Operação Triunfo é um programa engraçado - a exposição das emoções em pleno palco é uma situação extrema: pessoas em plena fragilidade choram e choram e choram... dramático... não consigo qual é o seu drama mas fico com a certeza de que as pessoas gostam de chorar em público como se lhes ficasse bem.
Um mundo com um olho omnipresente - o nosso amigo George Orwell havia de rir-se connosco porque ficaria a saber que o big brother é um gajo porreiro e que um bom nú emocional fica sempre bem - aquilo que vemos é aquilo que é...???
1. Tinha um jovem que colaborava com a Rato e ele dizia que na Internet podemos simular todos os sentimentos sem que o(s) outro(s) interlocutor(es) perceba(m). Eu, por outro lado, disse-lhe que as pessoas tem uma tendência a exporem-se emocionalmente no domínio do on-line.
2. Marion Jones, uma campeã olímpica norte-americana de atletismo, admitiu o uso de substâncias dopantes durante um período da sua carreira [YouTube]... fez uma declaração pública teve de descambar em lágrimas.
3. A Operação Triunfo é um programa engraçado - a exposição das emoções em pleno palco é uma situação extrema: pessoas em plena fragilidade choram e choram e choram... dramático... não consigo qual é o seu drama mas fico com a certeza de que as pessoas gostam de chorar em público como se lhes ficasse bem.
Um mundo com um olho omnipresente - o nosso amigo George Orwell havia de rir-se connosco porque ficaria a saber que o big brother é um gajo porreiro e que um bom nú emocional fica sempre bem - aquilo que vemos é aquilo que é...???
quarta-feira, outubro 03, 2007
Muito bem... há muito tempo que não ponho uma imagem - aqui vai:
Esta foi tirada na Polónia - o tipo ao meu lado é um formador/animador belga que vive em Portugal (as gajas dão a volta à cabeça de uma pessoa - deixar a Bélgica para vir para Portugal... cada um sabe de si e Deus sabe de todos...) e ele tinha uma t-shirt que denunciou na foto o meu estatuto intelectual! Divirtam-se um bocadinho à minha custa... :)
Esta foi tirada na Polónia - o tipo ao meu lado é um formador/animador belga que vive em Portugal (as gajas dão a volta à cabeça de uma pessoa - deixar a Bélgica para vir para Portugal... cada um sabe de si e Deus sabe de todos...) e ele tinha uma t-shirt que denunciou na foto o meu estatuto intelectual! Divirtam-se um bocadinho à minha custa... :)
terça-feira, outubro 02, 2007
Ando a tentar configurar uma conta MySpace --> http://myspace.com/nunoide <-- mas aquilo é uma bosta... andei às voltas com aquilo e não conseguia encontrar como poderia alterar o aspecto gráfico daquilo...
Se calhar sou eu que sou um nabo (o que também é um facto...) mas sinceramente não percebo o sucesso quando aquilo desafia simultâneamente bom gosto, usabilidade e boa navegação web... não sei...
Se calhar sou eu que sou um nabo (o que também é um facto...) mas sinceramente não percebo o sucesso quando aquilo desafia simultâneamente bom gosto, usabilidade e boa navegação web... não sei...
Ontem voltei a ver o filme "Solaris" do Steven Soderbergh a partir da obra do escritor polaco Stanislaw Lem - muito bonito, não traz nada de novo mas é um filme maravilhoso - destacaria a banda sonora e obviamente o rosto de Natascha McElhone.
Curiosamente (ou não...), filme pegou num texto maravilhoso de Dylan Thomas, enfatizando a força dos fantasmas interiores em cada um de nós...
Fica o poema:
And death shall have no dominion.
Dead men naked they shall be one
With the man in the wind and the west moon;
When their bones are picked clean and the clean bones gone,
They shall have stars at elbow and foot;
Though they go mad they shall be sane,
Though they sink through the sea they shall rise again;
Though lovers be lost love shall not;
And death shall have no dominion.
And death shall have no dominion.
Under the windings of the sea
They lying long shall not die windily;
Twisting on racks when sinews give way,
Strapped to a wheel, yet they shall not break;
Faith in their hands shall snap in two,
And the unicorn evils run them through;
Split all ends up they shan't crack;
And death shall have no dominion.
And death shall have no dominion.
No more may gulls cry at their ears
Or waves break loud on the seashores;
Where blew a flower may a flower no more
Lift its head to the blows of the rain;
Though they be mad and dead as nails,
Heads of the characters hammer through daisies;
Break in the sun till the sun breaks down,
And death shall have no dominion.
Curiosamente (ou não...), filme pegou num texto maravilhoso de Dylan Thomas, enfatizando a força dos fantasmas interiores em cada um de nós...
Fica o poema:
And death shall have no dominion.
Dead men naked they shall be one
With the man in the wind and the west moon;
When their bones are picked clean and the clean bones gone,
They shall have stars at elbow and foot;
Though they go mad they shall be sane,
Though they sink through the sea they shall rise again;
Though lovers be lost love shall not;
And death shall have no dominion.
And death shall have no dominion.
Under the windings of the sea
They lying long shall not die windily;
Twisting on racks when sinews give way,
Strapped to a wheel, yet they shall not break;
Faith in their hands shall snap in two,
And the unicorn evils run them through;
Split all ends up they shan't crack;
And death shall have no dominion.
And death shall have no dominion.
No more may gulls cry at their ears
Or waves break loud on the seashores;
Where blew a flower may a flower no more
Lift its head to the blows of the rain;
Though they be mad and dead as nails,
Heads of the characters hammer through daisies;
Break in the sun till the sun breaks down,
And death shall have no dominion.
segunda-feira, outubro 01, 2007
2 notas:
1) hoje li excertos da entrevista do António Lobo Antunes, depois de "revelar numa crónica que tinha sido operado a um cancro no intestino" - a meio da entrevista fala da sua relação de Deus e ele recorreu a um ditado húngaro: "na cova do lobo não há ateus" in http://www.kaminhos.com/destaque.asp?id_artigo=7234
2) Ao ir ao café com os meus pais, encontrei uma mulher, acompanhada pelo seu marido, - não soube dizer quem ela era em particular mas reconheci-a no tempo da minha infância passada nas redondezas do mercado da Cruz de Pau. Os meus pais cumprimentaram-na e a minha mãe disparou as perguntas e contra-respostas a uma pessoa que passou por um período de doença grave e prolongado: "Então como está?... Vá coragem!..."
Prendeu-me o olhar o facto de ela ter a mão esquerda no bolso como se ela tivesse tido um AVC - ao certo não sei quais os males que a tal senhora padece... mas o que foi surpreendente foi a sua contra-contra-resposta: "Quando se nasce, tem!" - quando se nasce, tem...
Relacionei estes dois acontecimentos... não sei porquê mas relacionei...
1) hoje li excertos da entrevista do António Lobo Antunes, depois de "revelar numa crónica que tinha sido operado a um cancro no intestino" - a meio da entrevista fala da sua relação de Deus e ele recorreu a um ditado húngaro: "na cova do lobo não há ateus" in http://www.kaminhos.com/destaque.asp?id_artigo=7234
2) Ao ir ao café com os meus pais, encontrei uma mulher, acompanhada pelo seu marido, - não soube dizer quem ela era em particular mas reconheci-a no tempo da minha infância passada nas redondezas do mercado da Cruz de Pau. Os meus pais cumprimentaram-na e a minha mãe disparou as perguntas e contra-respostas a uma pessoa que passou por um período de doença grave e prolongado: "Então como está?... Vá coragem!..."
Prendeu-me o olhar o facto de ela ter a mão esquerda no bolso como se ela tivesse tido um AVC - ao certo não sei quais os males que a tal senhora padece... mas o que foi surpreendente foi a sua contra-contra-resposta: "Quando se nasce, tem!" - quando se nasce, tem...
Relacionei estes dois acontecimentos... não sei porquê mas relacionei...
domingo, setembro 30, 2007
Recomendações à navegação: eu conheci esta rapariga há uns tempos pois ela foi voluntária da Rato - ADCC... já tinha entrado no sítio dela mas decidi voltar porque queria encontrar alguma documentação relacionada com a criação de favicons. É um local onde se pode encontrar o seu blog (feito em wordpress), portfolio e alguns tutoriais ligados a webdesign.
Naveguem à vontade: www.margarida.net; força guiduxa - não te esquecemos de ti.
Naveguem à vontade: www.margarida.net; força guiduxa - não te esquecemos de ti.
sábado, setembro 29, 2007
hallelujah
heard there was a secret chord
that david played and it pleased the lord
but you don't really care for music, do you
well it goes like this the fourth, the fifth
the minor fall and the major lift
the baffled king composing hallelujah
hallelujah...
well your faith was strong but you needed proof
you saw her bathing on the roof
her beauty and the moonlight overthrew you
she tied you to her kitchen chair
she broke your throne and she cut your hair
and from your lips she drew the hallelujah
hallelujah...
baby i've been here before
i've seen this room and i've walked this floor
i used to live alone before i knew you
i've seen your flag on the marble arch
but love is not a victory march
it's a cold and it's a broken hallelujah
hallelujah...
well there was a time when you let me know
what's really going on below
but now you never show that to me do you
but remember when i moved in you
and the holy dove was moving too
and every breath we drew was hallelujah
well, maybe there's a god above
but all i've ever learned from love
was how to shoot somebody who outdrew you
it's not a cry that you hear at night
it's not somebody who's seen the light
it's a cold and it's a broken hallelujah
hallelujah...
-------------
No outro dia (há algum tempo...) fui ver um concerto do Pedro Abrunhosa e cantou (ou tentou cantar...) esta canção: eu reconheci o tema mas o que me chamou atenção à coisa foi a expressão "it's a broken hallelujah " - é estranho mas bonito :)
Mais tarde compreendi aonde ouvi a música - foi da série House M.D.
Fiz umas pesquisas e descobri que o tema era do Leonard Cohen que depois foi objecto de versão pelo Jeff Buckley e pelo Rufus Wainwright. Letra e música bonitas... muito bonitas... mas não cantadas pelo Pedro Abrunhosa!
heard there was a secret chord
that david played and it pleased the lord
but you don't really care for music, do you
well it goes like this the fourth, the fifth
the minor fall and the major lift
the baffled king composing hallelujah
hallelujah...
well your faith was strong but you needed proof
you saw her bathing on the roof
her beauty and the moonlight overthrew you
she tied you to her kitchen chair
she broke your throne and she cut your hair
and from your lips she drew the hallelujah
hallelujah...
baby i've been here before
i've seen this room and i've walked this floor
i used to live alone before i knew you
i've seen your flag on the marble arch
but love is not a victory march
it's a cold and it's a broken hallelujah
hallelujah...
well there was a time when you let me know
what's really going on below
but now you never show that to me do you
but remember when i moved in you
and the holy dove was moving too
and every breath we drew was hallelujah
well, maybe there's a god above
but all i've ever learned from love
was how to shoot somebody who outdrew you
it's not a cry that you hear at night
it's not somebody who's seen the light
it's a cold and it's a broken hallelujah
hallelujah...
-------------
No outro dia (há algum tempo...) fui ver um concerto do Pedro Abrunhosa e cantou (ou tentou cantar...) esta canção: eu reconheci o tema mas o que me chamou atenção à coisa foi a expressão "it's a broken hallelujah " - é estranho mas bonito :)
Mais tarde compreendi aonde ouvi a música - foi da série House M.D.
Fiz umas pesquisas e descobri que o tema era do Leonard Cohen que depois foi objecto de versão pelo Jeff Buckley e pelo Rufus Wainwright. Letra e música bonitas... muito bonitas... mas não cantadas pelo Pedro Abrunhosa!
sexta-feira, setembro 28, 2007
I ain't no nice guy
When I was young I was the nicest guy I knew
I thought I was the chosen one
But time went by and I found out a thing or two
My shine wore off as time wore on
I thought that I was living out the perfect life
But in the lonely hours when the truth begins to bite
I thought about the times when I turned my back & stalled
I ain't no nice guy after all
When I was young I was the only game in town
I thought I had it down for sure,
But time went by and I was lost in what I found
The reasons blurred, the way unsure
I thought that I was living life the only way
But as I saw that life was more than day to day
I turned around, I read the writing on the wall
I ain't no nice guy after all
I ain't no nice guy after all
In all the years you spend between your birth and death
You find there's lots of times you should have saved your breath
It comes as quite a shock when that trip leads to fall
Motörhead
Nota: Uma música com 3 acordes... mas não deixa de ter o seu encanto...
When I was young I was the nicest guy I knew
I thought I was the chosen one
But time went by and I found out a thing or two
My shine wore off as time wore on
I thought that I was living out the perfect life
But in the lonely hours when the truth begins to bite
I thought about the times when I turned my back & stalled
I ain't no nice guy after all
When I was young I was the only game in town
I thought I had it down for sure,
But time went by and I was lost in what I found
The reasons blurred, the way unsure
I thought that I was living life the only way
But as I saw that life was more than day to day
I turned around, I read the writing on the wall
I ain't no nice guy after all
I ain't no nice guy after all
In all the years you spend between your birth and death
You find there's lots of times you should have saved your breath
It comes as quite a shock when that trip leads to fall
Motörhead
Nota: Uma música com 3 acordes... mas não deixa de ter o seu encanto...
terça-feira, setembro 25, 2007
segunda-feira, setembro 24, 2007
Bem... hoje gostava de deixar uma dica de navegação: www.sitedotiago.com --> o "Tiagowski" é um tuga benfiqusita que está a trabalhar na Polónia (mais precisamente na Cracóvia...). É de partir o coco a rir com as cenas que ele conta - os meus posts preferidos são: O dia do meu nome e História de um casamentowski.
Quando falamos de interculturalidade mais do que falar é melhor vivenciar a coisa...
Quando falamos de interculturalidade mais do que falar é melhor vivenciar a coisa...
sábado, setembro 22, 2007
Olá.
Para além do trabalho, ando a dedicar-me a trabalhar com o wordpress com o servidor... está a ser mais fácil do que eu esperava... basta em muitos casos utilizar duas técnicas fundamentais em informática:
1) drag and drop
2) next... next... next!
Estou a curtir o servidor gratuito que arranjei :)
P.S.: Hoje à noite vou ser camaraman... espero que corra tudo bem...
Para além do trabalho, ando a dedicar-me a trabalhar com o wordpress com o servidor... está a ser mais fácil do que eu esperava... basta em muitos casos utilizar duas técnicas fundamentais em informática:
1) drag and drop
2) next... next... next!
Estou a curtir o servidor gratuito que arranjei :)
P.S.: Hoje à noite vou ser camaraman... espero que corra tudo bem...
terça-feira, setembro 18, 2007
Pois é...
Com o aptana e com o gimp [software livre rula...], editei uma primeira página --> o meu currículo. Faltam coisas e ainda não está como eu quero mas pelo menos o mundo pode ficar a saber um pouco sobre o meu percurso profissional... durante esta semana tenho esta tarefa terminada.
Estou também estou numa de arranjar um domínio gratuito e digo já que os domínios tk são uma merda... se souberem de alguns fixes, deixem um comentário ou mandem um mail. Se calhar compro um domínio para as minhas coisas... mas só posso fazer isso quando tiver dinheiro... até lá... aguento-me.
Depois trabalhar com php e mysql para a instalação de coisas como o joomla ou wordpress... espero não fazer muita merda.
Com o aptana e com o gimp [software livre rula...], editei uma primeira página --> o meu currículo. Faltam coisas e ainda não está como eu quero mas pelo menos o mundo pode ficar a saber um pouco sobre o meu percurso profissional... durante esta semana tenho esta tarefa terminada.
Estou também estou numa de arranjar um domínio gratuito e digo já que os domínios tk são uma merda... se souberem de alguns fixes, deixem um comentário ou mandem um mail. Se calhar compro um domínio para as minhas coisas... mas só posso fazer isso quando tiver dinheiro... até lá... aguento-me.
Depois trabalhar com php e mysql para a instalação de coisas como o joomla ou wordpress... espero não fazer muita merda.
domingo, setembro 16, 2007
Pois é... ontem foi a entrevista do Dalai Lama! Não vi mas ouvia os comentários da minha mãe: "Não percebo nada que este gajo diz!" Eu compreendo-a: o Dalai Lama está quase no patamar do Paulo Coelho ou do Osho que escrevem sobre a filosofia da auto-ajuda para diferentes tipos de pessoas: mulheres à beira da menopausa, machos latinos sentimentais ou funcionários públicos. A lógica da batata, por tão óbvia, só é compreensível por algumas pessoas e em determinados estados existenciais.
Sei que estou a ser injusto com o budismo tibetano... mas apesar do que disse, não deixo de achar o Dalai Lama um gajo inteligente. Ao globalizar o budismo tibetano, ele bem poderia ser o responsável do departamento de Marketing de uma multinacional americana. Mas mais do que ser um bom "marketeer", ele consegui preservar a cultura tibetana (na sua abordagem mais lata) - é esse o seu principal mérito, ao compreender que o que importa é património invisível que une um povo. É uma questão de tempo...
Da mesma forma que a minha mãe não percebe o que o Dalai Lama diz, eu não percebo o incómodo do PCP em relação a esta visita do líder religioso tibetano: se o Tibete fizesse parte da Rússia, eu até poderia entender algum constrangimento num partido com a orientação marxista-leninista. podíamos lembrar como o PCP andou a combater os esquerdismos maoistas no tempo do PREC...
A China é tudo menos um estado comunista - todos sabemos e o PCP sabe-o bem. E o PCP também devia aplicar a mesma máxima anti-colonialista quando defende a auto-determinação do Saara Ocidental ou da Palestina...
Há coisas que desafiam a própria lógica da batata.
P.S.: Hoje andei a pé e encontrei um conhecido meu que não hesitou em chamar-me gordo e perguntou-me se estou com problemas de saúde!
Sei que estou a ser injusto com o budismo tibetano... mas apesar do que disse, não deixo de achar o Dalai Lama um gajo inteligente. Ao globalizar o budismo tibetano, ele bem poderia ser o responsável do departamento de Marketing de uma multinacional americana. Mas mais do que ser um bom "marketeer", ele consegui preservar a cultura tibetana (na sua abordagem mais lata) - é esse o seu principal mérito, ao compreender que o que importa é património invisível que une um povo. É uma questão de tempo...
Da mesma forma que a minha mãe não percebe o que o Dalai Lama diz, eu não percebo o incómodo do PCP em relação a esta visita do líder religioso tibetano: se o Tibete fizesse parte da Rússia, eu até poderia entender algum constrangimento num partido com a orientação marxista-leninista. podíamos lembrar como o PCP andou a combater os esquerdismos maoistas no tempo do PREC...
A China é tudo menos um estado comunista - todos sabemos e o PCP sabe-o bem. E o PCP também devia aplicar a mesma máxima anti-colonialista quando defende a auto-determinação do Saara Ocidental ou da Palestina...
Há coisas que desafiam a própria lógica da batata.
P.S.: Hoje andei a pé e encontrei um conhecido meu que não hesitou em chamar-me gordo e perguntou-me se estou com problemas de saúde!
sábado, setembro 15, 2007
Tenho "paletes" de trabalho em atraso mas que se foda!!! *
Ontem comecei a fazer uma página pessoal para pôr o meu currículo pessoal e experimentei o sistema do googlepages. Às tantas, percebi porque que é aquilo não é utilizado por muita gente... não dá para ser personalizado e não temos acesso ao código fonte...
Por isso, descobri esta cena --> www.free-web-hosting.biz
[via google]. Tem suporte para php [com o phpadmin] e com dez bases de dados de MySQL. Com isto vou aprofundar os meus conhecimentos enquanto webdesigner [vai-me fazer bem à saúde... mas sei que vou ficar ainda mais gordo... mas amanhã vou andar a pé]. Espero ter tempo para estas aventuras...
* Nota de redacção: Há liberdade de expressão para a utilização de vocábulos mais impróprios por isso posso dizer palavrões: é o meu blog pessoal... ;) - espero que não se sinta ofendidos... pode ser que comece a dizer palavrões em polaco, finlandês ou alemão... as coisas que se aprendem com voluntários SVE.
Ontem comecei a fazer uma página pessoal para pôr o meu currículo pessoal e experimentei o sistema do googlepages. Às tantas, percebi porque que é aquilo não é utilizado por muita gente... não dá para ser personalizado e não temos acesso ao código fonte...
Por isso, descobri esta cena --> www.free-web-hosting.biz
[via google]. Tem suporte para php [com o phpadmin] e com dez bases de dados de MySQL. Com isto vou aprofundar os meus conhecimentos enquanto webdesigner [vai-me fazer bem à saúde... mas sei que vou ficar ainda mais gordo... mas amanhã vou andar a pé]. Espero ter tempo para estas aventuras...
* Nota de redacção: Há liberdade de expressão para a utilização de vocábulos mais impróprios por isso posso dizer palavrões: é o meu blog pessoal... ;) - espero que não se sinta ofendidos... pode ser que comece a dizer palavrões em polaco, finlandês ou alemão... as coisas que se aprendem com voluntários SVE.
sexta-feira, setembro 14, 2007
Quase Feliz
Uma luz estende-se
Num manto azul celeste
Uma generosidade segura
Pela rotina dos dias
Abre os olhos
Mas nunca vês o que perdeste
É esta a prenda de aniversário
Que tu sempre pedias
Se eu tenho tudo o que sempre quis ter
Se eu sou tudo o que quis ser
Eu sei que sou quase feliz
Uma porta abre-se
No silêncio da noite
Como uma vela
Que se acende do nada
Esquecemos aquilo
Que já não dói
Das cinzas aparece intacta
Uma esperança renovada
Eu tenho tudo o que sempre quis...
Juan Miércoles
Uma luz estende-se
Num manto azul celeste
Uma generosidade segura
Pela rotina dos dias
Abre os olhos
Mas nunca vês o que perdeste
É esta a prenda de aniversário
Que tu sempre pedias
Se eu tenho tudo o que sempre quis ter
Se eu sou tudo o que quis ser
Eu sei que sou quase feliz
Uma porta abre-se
No silêncio da noite
Como uma vela
Que se acende do nada
Esquecemos aquilo
Que já não dói
Das cinzas aparece intacta
Uma esperança renovada
Eu tenho tudo o que sempre quis...
Juan Miércoles
quinta-feira, setembro 13, 2007
Vou começar a pôr algumas das leituras cibernéticas (e bibliográficas...) que ando a fazer
Quando estava a preparar uma acção de formação sobre os processos de comunicação nas Novas Tecnologias, encontrei este filósofo finlandês - Pekka Himanen (...Ville ajuda-me a dizer o nome do gajo...) é um gajo com umas ideias engraçadas. Ele aborda as transformações dadas pelas Novas Tecnologias e afirma a criação de uma ética hacker que estará por detrás de uma sociedade em rede.
É giro - para mais informações, gostem ou não http://www.wikipedia.org
Quando estava a preparar uma acção de formação sobre os processos de comunicação nas Novas Tecnologias, encontrei este filósofo finlandês - Pekka Himanen (...Ville ajuda-me a dizer o nome do gajo...) é um gajo com umas ideias engraçadas. Ele aborda as transformações dadas pelas Novas Tecnologias e afirma a criação de uma ética hacker que estará por detrás de uma sociedade em rede.
É giro - para mais informações, gostem ou não http://www.wikipedia.org
Não quero falar de futebol... não é que eu esteja chateado mas estou farto.
Por isso vou falar do blog de um jovem que conheço --> http://muiomuio.net/ <-- aborda diferentes temáticas ligadas a tecnologias. Lê-se bem e tem umas dicas engraçadas.
Parabéns Mário.
Por isso vou falar do blog de um jovem que conheço --> http://muiomuio.net/ <-- aborda diferentes temáticas ligadas a tecnologias. Lê-se bem e tem umas dicas engraçadas.
Parabéns Mário.
sexta-feira, setembro 07, 2007
Depois das notícias do desvario dos gémeos que roubaram a lua, achei que poderia pôr um post dedicado aos supermanskis!
Confesso que tenho uma atenção especial pelos polacos - trabalho todos os dias com uma polaca e posso dizer que os polacos são um dos povos mais fascinantes do Mundo! Posso dizer que a Polónia é um país mesmo fascinante para os Portugueses... que tem sempre notícias giras de deixar a boca aberta. Por isso a minha contribuição para hoje é este blog de um português na Polónia. Aproveitem...
P.S.: Mas da última vez que Portugal jogou contra a Polónia (em futebol), eu estava na Polónia rodeado de polacos e perdemos... agora espero que possamos ganhar porque senão ninguém vai calá-la... por favor, Scolari!
Confesso que tenho uma atenção especial pelos polacos - trabalho todos os dias com uma polaca e posso dizer que os polacos são um dos povos mais fascinantes do Mundo! Posso dizer que a Polónia é um país mesmo fascinante para os Portugueses... que tem sempre notícias giras de deixar a boca aberta. Por isso a minha contribuição para hoje é este blog de um português na Polónia. Aproveitem...
P.S.: Mas da última vez que Portugal jogou contra a Polónia (em futebol), eu estava na Polónia rodeado de polacos e perdemos... agora espero que possamos ganhar porque senão ninguém vai calá-la... por favor, Scolari!
quinta-feira, agosto 30, 2007
terça-feira, agosto 28, 2007
Liberdade
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa
P.S.: Um dia... um dia...
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa
P.S.: Um dia... um dia...
quinta-feira, agosto 23, 2007
segunda-feira, agosto 20, 2007
segunda-feira, agosto 13, 2007
Hoje, Muro de Berlim faz anos.
Quando era puto passava o tempo a ver televisão e via os campeonatos europeus de diferentes modalidades desportivas. Especialmente da natação...
O que me fascinava naquela altura eram os hinos e os mais bonitos eram, sem dúvida, os hinos da Europa de Leste. O hino da RDA continua a ser uma referência melódica que não consigo esquecer pela sua beleza e pela mensagem de esperança - era uma composição de Hans Eisler que trabalhou com Bertolt Brecht. Foi demasiado comunista para uns e pouco comunista para outros - sofreu nos dois lados... anos mais tarde li a letra (escrita por Johannes R. Becher) que continha os mesmos sentimentos direccionados para a utopia de um Mundo melhor...
Infelizmente, a Vida não imitou a Arte.
Quando era puto passava o tempo a ver televisão e via os campeonatos europeus de diferentes modalidades desportivas. Especialmente da natação...
O que me fascinava naquela altura eram os hinos e os mais bonitos eram, sem dúvida, os hinos da Europa de Leste. O hino da RDA continua a ser uma referência melódica que não consigo esquecer pela sua beleza e pela mensagem de esperança - era uma composição de Hans Eisler que trabalhou com Bertolt Brecht. Foi demasiado comunista para uns e pouco comunista para outros - sofreu nos dois lados... anos mais tarde li a letra (escrita por Johannes R. Becher) que continha os mesmos sentimentos direccionados para a utopia de um Mundo melhor...
Infelizmente, a Vida não imitou a Arte.
sexta-feira, agosto 10, 2007
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E enfim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
Luís de Camões
... e do Bem, se algum houve, ficam as saudades --> bonito, muito bonito...
Ando chateado com a Vida... depois passa... mas agora estou chateado
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E enfim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
Luís de Camões
... e do Bem, se algum houve, ficam as saudades --> bonito, muito bonito...
Ando chateado com a Vida... depois passa... mas agora estou chateado
quinta-feira, agosto 09, 2007
1. Primeiro leiam isto
2. Depois leiam isto:
Bravado
If we burn our wings
Flying too close to the sun
If the moment of glory
Is over before its begun
If the dream is won --
Though everything is lost
We will pay the price,
But we will not count the cost
When the dust has cleared
And victory denied
A summit too lofty
River a little too wide
If we keep our pride --
Though paradise is lost
We will pay the price,
But we will not count the cost
And if the music stops
Theres only the sound of the rain
All the hope and glory
All the sacrifice in vain
[and] if love remains
Though everything is lost
We will pay the price,
But we will not count the cost
Neil Peart (Rush)
2. Depois leiam isto:
Bravado
If we burn our wings
Flying too close to the sun
If the moment of glory
Is over before its begun
If the dream is won --
Though everything is lost
We will pay the price,
But we will not count the cost
When the dust has cleared
And victory denied
A summit too lofty
River a little too wide
If we keep our pride --
Though paradise is lost
We will pay the price,
But we will not count the cost
And if the music stops
Theres only the sound of the rain
All the hope and glory
All the sacrifice in vain
[and] if love remains
Though everything is lost
We will pay the price,
But we will not count the cost
Neil Peart (Rush)
quarta-feira, agosto 08, 2007
domingo, agosto 05, 2007
«Os homens nunca usaram totalmente os poderes que possuem para promover o bem, porque esperam que algum poder externo faça o trabalho pelo qual são responsáveis.»
John Dewey - este filósofo americano é um dos expoentes maiores da filosofia americana sobretudo na área da educação.
John Dewey - este filósofo americano é um dos expoentes maiores da filosofia americana sobretudo na área da educação.
Este gajo é um grande maluco - chama-se Richard Stallman é um dos fundadores do movimento do software livre. Curtam o vídeo...
quinta-feira, agosto 02, 2007
Mudo
As cortinas fecham
A luz do teu rosto
Deixa-te estar
No silêncio do escuro
Não quero-te ver
Nem sequer saber
Da tua ajuda
Quero estar sozinho
Em paz comigo
Deixa-me estar
Aqui calado
Deixa-me mudo...
Deixa-me estar
Aqui sem dizer nada
Deixa-me mudo
O ruído apodera-se
Das palavras que trazes
Deixa-te estar
No outro lado do muro
Não quero perceber-te
Ou mesmo receber
A tua ajuda
Quero estar sozinho
Em paz comigo...
Juan Miércoles
As cortinas fecham
A luz do teu rosto
Deixa-te estar
No silêncio do escuro
Não quero-te ver
Nem sequer saber
Da tua ajuda
Quero estar sozinho
Em paz comigo
Deixa-me estar
Aqui calado
Deixa-me mudo...
Deixa-me estar
Aqui sem dizer nada
Deixa-me mudo
O ruído apodera-se
Das palavras que trazes
Deixa-te estar
No outro lado do muro
Não quero perceber-te
Ou mesmo receber
A tua ajuda
Quero estar sozinho
Em paz comigo...
Juan Miércoles
sábado, julho 28, 2007
Sérgio Godinho - O Primeiro Dia
A principio é simples, anda-se sózinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no borborinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado, que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
E é então que amigos nos oferecem leito
entra-se cansado e sai-se refeito
luta-se por tudo o que se leva a peito
bebe-se, come-se e alguém nos diz: bom proveito
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso, por curto que seja
apagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar, sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
E entretanto o tempo fez cinza da brasa
e outra maré cheia virá da maré vazia
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.
Pois é... a Oficina da Juventude do Miratejo fechou hoje
A principio é simples, anda-se sózinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no borborinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado, que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
E é então que amigos nos oferecem leito
entra-se cansado e sai-se refeito
luta-se por tudo o que se leva a peito
bebe-se, come-se e alguém nos diz: bom proveito
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso, por curto que seja
apagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar, sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
E entretanto o tempo fez cinza da brasa
e outra maré cheia virá da maré vazia
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.
Pois é... a Oficina da Juventude do Miratejo fechou hoje
quinta-feira, julho 26, 2007
há-de flutuar uma cidade...
há-de flutuar uma cidade no crepúsculo da vida
pensava eu... como seriam felizes as mulheres
à beira mar debruçadas para a luz caiada
remendando o pano das velas espiando o mar
e a longitude do amor embarcado
por vezes
uma gaivota pousava nas águas
outras era o sol que cegava
e um dardo de sangue alastrava pelo linho da noite
os dias lentíssimos... sem ninguém
e nunca me disseram o nome daquele oceano
esperei sentado à porta... dantes escrevia cartas
punha-me a olhar a risca de mar ao fundo da rua
assim envelheci... acreditando que algum homem ao passar
se espantasse com a minha solidão
(anos mais tarde, recordo agora, cresceu-me uma pérola no
coração. mas estou só, muito só, não tenho a quem a deixar.)
um dia houve
que nunca mais avistei cidades crepusculares
e os barcos deixaram de fazer escala à minha porta
inclino-me de novo para o pano deste século
recomeço a bordar ou a dormir
tanto faz
sempre tive dúvidas que alguma vez me visite a felicidade
Al Berto
há-de flutuar uma cidade no crepúsculo da vida
pensava eu... como seriam felizes as mulheres
à beira mar debruçadas para a luz caiada
remendando o pano das velas espiando o mar
e a longitude do amor embarcado
por vezes
uma gaivota pousava nas águas
outras era o sol que cegava
e um dardo de sangue alastrava pelo linho da noite
os dias lentíssimos... sem ninguém
e nunca me disseram o nome daquele oceano
esperei sentado à porta... dantes escrevia cartas
punha-me a olhar a risca de mar ao fundo da rua
assim envelheci... acreditando que algum homem ao passar
se espantasse com a minha solidão
(anos mais tarde, recordo agora, cresceu-me uma pérola no
coração. mas estou só, muito só, não tenho a quem a deixar.)
um dia houve
que nunca mais avistei cidades crepusculares
e os barcos deixaram de fazer escala à minha porta
inclino-me de novo para o pano deste século
recomeço a bordar ou a dormir
tanto faz
sempre tive dúvidas que alguma vez me visite a felicidade
Al Berto
quarta-feira, julho 25, 2007
Don't dream, it's over...
There is freedom within, there is freedom without
Try to catch the deluge in a paper cup
There's a battle ahead, many battles are lost
But you'll never see the end of the road
While you're traveling with me
Hey now, hey now
Don't dream it's over
Hey now, hey now
When the world comes in
They come, they come
To build a wall between us
We know they won't win
Now I'm towing my car, there's a hole in the roof
My possessions are causing me suspicion but there's no proof
In the paper today tales of war and of waste
But you turn right over to the T.V. page
Now I'm walking again to the beat of a drum
And I'm counting the steps to the door of your heart
Only shadows ahead barely clearing the roof
Get to know the feeling of liberation and relief
Hey now, hey now
Don't dream it's over
Hey now, hey now
When the world comes in
They come, they come
To build a wall between us
Don't ever let them win
FIM... há pessoas que vivem numa narrativa aberta.
There is freedom within, there is freedom without
Try to catch the deluge in a paper cup
There's a battle ahead, many battles are lost
But you'll never see the end of the road
While you're traveling with me
Hey now, hey now
Don't dream it's over
Hey now, hey now
When the world comes in
They come, they come
To build a wall between us
We know they won't win
Now I'm towing my car, there's a hole in the roof
My possessions are causing me suspicion but there's no proof
In the paper today tales of war and of waste
But you turn right over to the T.V. page
Now I'm walking again to the beat of a drum
And I'm counting the steps to the door of your heart
Only shadows ahead barely clearing the roof
Get to know the feeling of liberation and relief
Hey now, hey now
Don't dream it's over
Hey now, hey now
When the world comes in
They come, they come
To build a wall between us
Don't ever let them win
FIM... há pessoas que vivem numa narrativa aberta.
terça-feira, julho 24, 2007
Oficina
A palavra “oficina” tem acompanhado o percurso da associação à qual presido: durante os últimos anos a Rato - ADCC tem desenvolvido um trabalho de formação e sensibilização para as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação na Oficina da Juventude do Miratejo (OJM).
Esta oficina vai encerrar temporariamente na próxima semana para passar para junto ao novo mercado do Miratejo. Foi fundamental que a Câmara Municipal tenha estado disponível para a criação do protocolo com a Rato – ADCC: a cedência de duas salas (uma sala administrativa e uma sala de formação) na Oficina permitiu à associação crescer exponencialmente na qualidade e quantidade da sua intervenção. Eu, enquanto Presidente da Rato – ADCC, tenho de agradecer à Vereadora responsável pelo pelouro da Juventude na altura - Corália Ribeiro - e aos técnicos da Câmara Municipal do Seixal que acreditaram no projecto. Também gostaria de agradecer aos técnicos de atendimento ao público na OJM que passaram a ser nossos “colegas”...
A palavra “oficina” contém uma ideia de produção. Uma oficina não é uma loja ou um balcão onde se oferece um bem ou serviço. Se traduzirmos a palavra conseguimos as palavras workshop (em inglês) ou atelier (em francês) o que nos ilustra ainda melhor o conceito de trabalho. Resumindo, uma oficina é um local onde se trabalha e o trabalho é, em última análise, um acto de transformação da realidade. Esta linha de argumentação pode ser conotada com uma visão marxista mas isso só me ajudará no apelo que quero fazer neste artigo.
Esta pausa na OJM pode marcar o início de um capítulo onde os equipamentos para a Juventude do Seixal poderão ser isso mesmo: locais onde as pessoas (e neste caso especial, os jovens...) podem produzir; mais do que receber, dar. E aqui há uma questão central: o acesso ao equipamento e o seu modelo de gestão – com o volume de atribuições e responsabilidades que têm sido atribuídas aos municípios, é difícil para a autarquia incutir uma dinâmica que cumpra a ideia de trabalho e produção. Para isso a Câmara tem de contar com as parcerias que tem com o Movimento Associativo, nomeadamente com as associações juvenis. E para que as organizações juvenis consigam ter uma relação produtiva, é necessário que o equipamento seja fruto da participação efectiva das organizações juvenis.
Este processo não é fácil mas é necessário que os responsáveis pelos novos equipamentos estejam conscientes que, por exemplo, é impensável que uma reunião de uma associação que não se possa prolongar por causa de um horário de funcionamento. O associativismo juvenil depende do tempo livre dos seus associados jovens que, mesmo estudando, só têm tempo depois do jantar ou no fim de semana. Esta incompatibilidade só pode ser resolvida com uma lógica diferente no modelo de gestão e de funcionamento dos equipamentos juvenis. A Câmara Municipal pode ser titular e proprietária do equipamento mas tem de pensar como uma estrutura em rede, promotora de parcerias onde o trabalho não depende de uma chave de um edifício...
Mas vou mais longe nesta reflexão: é uma questão de Justiça para as organizações juvenis haver um equipamento que tenha essa flexibilidade e que possa, dessa maneira, servir de espaço de trabalho. Tal como uma oficina. Pode não haver dinheiro para as sedes das associações juvenis, pode não haver dinheiro para uma casa da juventude e podem haver cortes nos apoios às estruturas juvenis mas tem de haver um espaço para que as estruturas juvenis tenham uma “bolha de oxigénio”.
Não podemos esperar que haja uso do equipamento quando este não se ajusta às necessidades dos jovens e das estruturas juvenis ou quando não há familiaridade com estes. Embora existindo um terreno fértil a novos projectos juvenis e que haja já um trabalho feito nesta área, não podemos ficar satisfeitos e temos de estar conscientes da urgência da abertura para estas “novas velhas” ideias...
Quero acreditar, e digo isto sem sarcasmo e cinismo, que os responsáveis políticos e técnicos pela orientação deste “novo” equipamento (a nova oficina da juventude do Miratejo) que ressurgirá brevemente, tenham a coragem de alterar regras institucionalizadas e adaptar às novas formas de participação e às necessidades específicas do concelho do Seixal.
Podemos fazer da “nova” oficina um sítio para reparar “novos velhos” males...
A palavra “oficina” tem acompanhado o percurso da associação à qual presido: durante os últimos anos a Rato - ADCC tem desenvolvido um trabalho de formação e sensibilização para as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação na Oficina da Juventude do Miratejo (OJM).
Esta oficina vai encerrar temporariamente na próxima semana para passar para junto ao novo mercado do Miratejo. Foi fundamental que a Câmara Municipal tenha estado disponível para a criação do protocolo com a Rato – ADCC: a cedência de duas salas (uma sala administrativa e uma sala de formação) na Oficina permitiu à associação crescer exponencialmente na qualidade e quantidade da sua intervenção. Eu, enquanto Presidente da Rato – ADCC, tenho de agradecer à Vereadora responsável pelo pelouro da Juventude na altura - Corália Ribeiro - e aos técnicos da Câmara Municipal do Seixal que acreditaram no projecto. Também gostaria de agradecer aos técnicos de atendimento ao público na OJM que passaram a ser nossos “colegas”...
A palavra “oficina” contém uma ideia de produção. Uma oficina não é uma loja ou um balcão onde se oferece um bem ou serviço. Se traduzirmos a palavra conseguimos as palavras workshop (em inglês) ou atelier (em francês) o que nos ilustra ainda melhor o conceito de trabalho. Resumindo, uma oficina é um local onde se trabalha e o trabalho é, em última análise, um acto de transformação da realidade. Esta linha de argumentação pode ser conotada com uma visão marxista mas isso só me ajudará no apelo que quero fazer neste artigo.
Esta pausa na OJM pode marcar o início de um capítulo onde os equipamentos para a Juventude do Seixal poderão ser isso mesmo: locais onde as pessoas (e neste caso especial, os jovens...) podem produzir; mais do que receber, dar. E aqui há uma questão central: o acesso ao equipamento e o seu modelo de gestão – com o volume de atribuições e responsabilidades que têm sido atribuídas aos municípios, é difícil para a autarquia incutir uma dinâmica que cumpra a ideia de trabalho e produção. Para isso a Câmara tem de contar com as parcerias que tem com o Movimento Associativo, nomeadamente com as associações juvenis. E para que as organizações juvenis consigam ter uma relação produtiva, é necessário que o equipamento seja fruto da participação efectiva das organizações juvenis.
Este processo não é fácil mas é necessário que os responsáveis pelos novos equipamentos estejam conscientes que, por exemplo, é impensável que uma reunião de uma associação que não se possa prolongar por causa de um horário de funcionamento. O associativismo juvenil depende do tempo livre dos seus associados jovens que, mesmo estudando, só têm tempo depois do jantar ou no fim de semana. Esta incompatibilidade só pode ser resolvida com uma lógica diferente no modelo de gestão e de funcionamento dos equipamentos juvenis. A Câmara Municipal pode ser titular e proprietária do equipamento mas tem de pensar como uma estrutura em rede, promotora de parcerias onde o trabalho não depende de uma chave de um edifício...
Mas vou mais longe nesta reflexão: é uma questão de Justiça para as organizações juvenis haver um equipamento que tenha essa flexibilidade e que possa, dessa maneira, servir de espaço de trabalho. Tal como uma oficina. Pode não haver dinheiro para as sedes das associações juvenis, pode não haver dinheiro para uma casa da juventude e podem haver cortes nos apoios às estruturas juvenis mas tem de haver um espaço para que as estruturas juvenis tenham uma “bolha de oxigénio”.
Não podemos esperar que haja uso do equipamento quando este não se ajusta às necessidades dos jovens e das estruturas juvenis ou quando não há familiaridade com estes. Embora existindo um terreno fértil a novos projectos juvenis e que haja já um trabalho feito nesta área, não podemos ficar satisfeitos e temos de estar conscientes da urgência da abertura para estas “novas velhas” ideias...
Quero acreditar, e digo isto sem sarcasmo e cinismo, que os responsáveis políticos e técnicos pela orientação deste “novo” equipamento (a nova oficina da juventude do Miratejo) que ressurgirá brevemente, tenham a coragem de alterar regras institucionalizadas e adaptar às novas formas de participação e às necessidades específicas do concelho do Seixal.
Podemos fazer da “nova” oficina um sítio para reparar “novos velhos” males...
sexta-feira, julho 20, 2007
"All my life I've been fearful of defeat. But now that it has come it's not near as terrible as I'd expected. The sun still shines, water still tastes good...glory is all well and good but life is enough, nay?"
Roma foi uma série do caraças...
Roma foi uma série do caraças...
sábado, maio 19, 2007
A Estrada – parte II
Sem querer fazer desta situação uma “telenovela”, gostava de pegar novamente no artigo “A Estrada” e na resposta que o mesmo artigo teve da parte Comissão Política de Secção da JSD do Seixal. Faço-o, não por ter necessidade em criar polémicas, mas por achar que é necessário discutir, sem receios e demagogias, as políticas de Juventude no concelho do Seixal.
“A Estrada” foi um artigo da minha autoria e publicado neste mesmo jornal e que originou uma resposta extensa da parte da JSD Seixal, justificando a sua opção pela sua campanha com um outdoor exigindo a alternativa à Nacional 10.
Olhando para trás e analisando aquilo que foi escrito por mim, o artigo tem, na sua substância, duas partes: 1) uma discordância em relação à escolha da acusação da JSD. Sou capaz de admitir que as palavras usadas por mim no artigo em referência possam conter alguma rispidez. De facto, há uma divergência ideológica entre aquilo que eu penso ser uma prioridade para o Concelho do Seixal e aquilo que a JSD considera ser uma prioridade. Não vou argumentar profundamente sobre a promessa não cumprida ou por cumprir. Nas campanhas eleitorais, todos os partidos fazem promessas – ao chegar ao Poder, umas cumprem-se, outras não. Promessas eleitorais são muitas vezes como cartas de amor – o Amor dá muitas voltas e a Política muitas mais. Não sejamos ingénuos: ainda está para surgir o partido que cumpre tudo o que promete. Atenção: não estou a desculpar o executivo da CDU ou a dizer que é correcto que eles não cumpram tudo o que prometeram. Não faço qualquer afirmação – estou sim a constatar um facto.
Claro que gostava que todos os partidos cumprissem tudo o que prometem e acho mal que não se cumpra o que se prometeu. Mas o cerne de “A Estrada”, em parte mal interpretado, não é esse.
É perfeitamente válido dizer que uma estrada é importante para todos os munícipes e que uma juventude partidária não deve unicamente lutar pelos direitos de um grupo etário concreto mas sim de todos os munícipes – concordo. É importante que se denunciem as promessas não cumpridas – também concordo. Ora a ideia no artigo não é essa: o busílis reside naquilo que eu considero ser a sua segunda parte – 2) a inexistência de uma agenda política para a área da Juventude. Na minha opinião, o problema coloca-se na escolha do tema do dito outdoor. Porque entre todas as promessas não realizadas pelo executivo da CDU, existem promessas na área da Juventude. Em vez de "Prometeram. Agora cumpram! Terminem a alternativa à Estrada Nacional 10", poderiam escrever "Prometeram. Agora cumpram! Construam a Casa Municipal da Juventude” ou "Prometeram. Agora cumpram! Abram o Centro de Recursos para a Juventude no Edifício Alentejo”. Simples…
As discussões políticas municipais tornaram o tema “Juventude” um assunto adiado: frequentemente, sinto-me um bocado palerma em escrever sobre isto porque não oiço ecos noutras vozes. Quando a JSD (sendo ela uma organização juvenil) coloca um outdoor sobre uma estrada, acaba por afirmar tacitamente o tema “Juventude” como secundário. Ora o tema não é secundário. Pelo menos, na minha modesta opinião, não é.
Acredito que esta situação não seja intencional da parte da JSD mas acaba-se por entrar num caminho repleto de lugares comuns e de palavras bonitas não passam disso mesmo. Considerava interessante que houvesse por exemplo um discurso político presente nesta área de todas as forças políticas no município e que houvesse uma mobilização para discutir. Os jovens são aptos para mais coisas do que carregar bandeiras de partidos... as juventudes partidárias poderão ser catalizadores dessa mesma discussão, correndo-se sempre o risco de vermos transportadas para este plano as tricas partidárias.
Para finalizar, gostaria de afirmar que o meu intuito neste artigo não é responder à resposta do JSD – foi um apelo sincero à criação de uma discussão produtiva nos actores partidários sobre o projecto político no concelho do Seixal para a Juventude. Não vale a pena chatearem-se – aquilo que eu penso ou escrevo não tira votos a ninguém…
Sem querer fazer desta situação uma “telenovela”, gostava de pegar novamente no artigo “A Estrada” e na resposta que o mesmo artigo teve da parte Comissão Política de Secção da JSD do Seixal. Faço-o, não por ter necessidade em criar polémicas, mas por achar que é necessário discutir, sem receios e demagogias, as políticas de Juventude no concelho do Seixal.
“A Estrada” foi um artigo da minha autoria e publicado neste mesmo jornal e que originou uma resposta extensa da parte da JSD Seixal, justificando a sua opção pela sua campanha com um outdoor exigindo a alternativa à Nacional 10.
Olhando para trás e analisando aquilo que foi escrito por mim, o artigo tem, na sua substância, duas partes: 1) uma discordância em relação à escolha da acusação da JSD. Sou capaz de admitir que as palavras usadas por mim no artigo em referência possam conter alguma rispidez. De facto, há uma divergência ideológica entre aquilo que eu penso ser uma prioridade para o Concelho do Seixal e aquilo que a JSD considera ser uma prioridade. Não vou argumentar profundamente sobre a promessa não cumprida ou por cumprir. Nas campanhas eleitorais, todos os partidos fazem promessas – ao chegar ao Poder, umas cumprem-se, outras não. Promessas eleitorais são muitas vezes como cartas de amor – o Amor dá muitas voltas e a Política muitas mais. Não sejamos ingénuos: ainda está para surgir o partido que cumpre tudo o que promete. Atenção: não estou a desculpar o executivo da CDU ou a dizer que é correcto que eles não cumpram tudo o que prometeram. Não faço qualquer afirmação – estou sim a constatar um facto.
Claro que gostava que todos os partidos cumprissem tudo o que prometem e acho mal que não se cumpra o que se prometeu. Mas o cerne de “A Estrada”, em parte mal interpretado, não é esse.
É perfeitamente válido dizer que uma estrada é importante para todos os munícipes e que uma juventude partidária não deve unicamente lutar pelos direitos de um grupo etário concreto mas sim de todos os munícipes – concordo. É importante que se denunciem as promessas não cumpridas – também concordo. Ora a ideia no artigo não é essa: o busílis reside naquilo que eu considero ser a sua segunda parte – 2) a inexistência de uma agenda política para a área da Juventude. Na minha opinião, o problema coloca-se na escolha do tema do dito outdoor. Porque entre todas as promessas não realizadas pelo executivo da CDU, existem promessas na área da Juventude. Em vez de "Prometeram. Agora cumpram! Terminem a alternativa à Estrada Nacional 10", poderiam escrever "Prometeram. Agora cumpram! Construam a Casa Municipal da Juventude” ou "Prometeram. Agora cumpram! Abram o Centro de Recursos para a Juventude no Edifício Alentejo”. Simples…
As discussões políticas municipais tornaram o tema “Juventude” um assunto adiado: frequentemente, sinto-me um bocado palerma em escrever sobre isto porque não oiço ecos noutras vozes. Quando a JSD (sendo ela uma organização juvenil) coloca um outdoor sobre uma estrada, acaba por afirmar tacitamente o tema “Juventude” como secundário. Ora o tema não é secundário. Pelo menos, na minha modesta opinião, não é.
Acredito que esta situação não seja intencional da parte da JSD mas acaba-se por entrar num caminho repleto de lugares comuns e de palavras bonitas não passam disso mesmo. Considerava interessante que houvesse por exemplo um discurso político presente nesta área de todas as forças políticas no município e que houvesse uma mobilização para discutir. Os jovens são aptos para mais coisas do que carregar bandeiras de partidos... as juventudes partidárias poderão ser catalizadores dessa mesma discussão, correndo-se sempre o risco de vermos transportadas para este plano as tricas partidárias.
Para finalizar, gostaria de afirmar que o meu intuito neste artigo não é responder à resposta do JSD – foi um apelo sincero à criação de uma discussão produtiva nos actores partidários sobre o projecto político no concelho do Seixal para a Juventude. Não vale a pena chatearem-se – aquilo que eu penso ou escrevo não tira votos a ninguém…
sábado, abril 14, 2007
quinta-feira, março 01, 2007
A Estrada.
Independentemente de concordarmos ou não, a Juventude Social Democrata do Seixal tem-se destacado pelo activismo e pelo esforço em divulgar as suas causas. Neste artigo gostaria, antes de me dirigir ao tema central do assunto, de repudiar os actos de vandalismos aos diferentes suportes de divulgação desta juventude partidária. É lamentável que isto aconteça mais de 30 anos após o 25 de Abril - estes actos de vandalismo são actos de censura explícita à liberdade de expressão política que é inalienável a qualquer cidadão ou grupo de cidadãos.
Ora o tema central do meu artigo é o último outdoor lançado pela JSD: a mensagem escrita é "Prometeram. Agora cumpram! Terminem a alternativa à Estrada Nacional 10". Em baixo pode-se ler o slogan da JSD que afirma a sua relação com o receptor politico com "É por ti".
Ao princípio, confesso que fiquei um bocado perplexo com o outdoor: estranhei mas não entranhei! Porque é que uma juventude partidária dedicaria um outdoor - o espaço de divulgação de grande impacto que, consequentemente, é dispendioso - a uma estrada! É verdade que as vias rodoviárias afectam-nos a todos mas porque é que uma "jota" dedicaria um esforço tão grande a declarar por outras palavras: façam uma estrada! E perguntei-me a mim próprio: será que os jovens querem uma estrada?
Nós, na Rato - ADCC, estamos a fazer um documentário sobre o que é ser jovem no Concelho do Seixal (que será apresentado no dia 16 de Março, no Espaço Março Fora D' Horas, pelas 22h - peço desculpa pela publicidade...) e em momento algum, nas mais de 10 horas de filme bruto de entrevistas com jovens e com pessoas ligadas à temática da Juventude, encontrámos alguém a declarar que o que é necessário para o Concelho é a tal estrada ou uma estrada sequer.
Mais peculiar se torna a situação quando pensarmos no slogan da JSD: "É por ti". É pelos jovens do Concelho do Seixal que se reivindica uma estrada. Uma estrada. Uma estrada pelos jovens. Eu pergunto: faz sentido uma organização juvenil, seja ela partidária ou não, lutar por uma estrada quando existem tantas lacunas e há um profundo menosprezo político e ideológico com a faixa etária juvenil na sociedade. Este outdoor diz que falar de juventude é decorativo e acessório porque os problemas reais do concelho (e consequentemente dos jovens seixalenses) baseiam-se em situações como o incumprimento de uma promessa eleitoral de uma estrada. Esta interpretação do outdoor é perfeitamente válida - a JSD ignora e não se importa em ignorar uma agenda política quase consensual na área da Juventude. Que se lixem os jovens, as organizações juvenis e outros inutilidades semelhantes - nós, JSD, queremos uma estrada que vocês prometeram e não fizeram!
Confesso que foi a primeira vez que eu vi uma situação destas - se calhar a JSD quisesse mostrar maturidade política afirmando consciência sobre outros problemas mas com tantos outros problemas porquê uma estrada? Os argumentos apresentados no blog da JSD contêm em si uma prova de um discurso que revela ambição pelo palco maior da política no concelho. Objectivamente analisando, podemos legitimamente concluir que a JSD do Seixal ambiciona algo mais do que ser uma juventude partidária. A JSD quer ser levada a sério por isso aborda assuntos sérios... como estradas.
Já não há estradas com fartura? Por momentos, pensei que a JSD tivesse desprezo pelos próprios jovens porque os problemas dos jovens não sejam dignos de um outdoor de uma juventude partidária. Se calhar têm razão... esta situação é no fundo o espelho da falta de visão sobre as diferentes questões ligadas à Juventude. Os Sex Pistols tinham razão... no future!
Independentemente de concordarmos ou não, a Juventude Social Democrata do Seixal tem-se destacado pelo activismo e pelo esforço em divulgar as suas causas. Neste artigo gostaria, antes de me dirigir ao tema central do assunto, de repudiar os actos de vandalismos aos diferentes suportes de divulgação desta juventude partidária. É lamentável que isto aconteça mais de 30 anos após o 25 de Abril - estes actos de vandalismo são actos de censura explícita à liberdade de expressão política que é inalienável a qualquer cidadão ou grupo de cidadãos.
Ora o tema central do meu artigo é o último outdoor lançado pela JSD: a mensagem escrita é "Prometeram. Agora cumpram! Terminem a alternativa à Estrada Nacional 10". Em baixo pode-se ler o slogan da JSD que afirma a sua relação com o receptor politico com "É por ti".
Ao princípio, confesso que fiquei um bocado perplexo com o outdoor: estranhei mas não entranhei! Porque é que uma juventude partidária dedicaria um outdoor - o espaço de divulgação de grande impacto que, consequentemente, é dispendioso - a uma estrada! É verdade que as vias rodoviárias afectam-nos a todos mas porque é que uma "jota" dedicaria um esforço tão grande a declarar por outras palavras: façam uma estrada! E perguntei-me a mim próprio: será que os jovens querem uma estrada?
Nós, na Rato - ADCC, estamos a fazer um documentário sobre o que é ser jovem no Concelho do Seixal (que será apresentado no dia 16 de Março, no Espaço Março Fora D' Horas, pelas 22h - peço desculpa pela publicidade...) e em momento algum, nas mais de 10 horas de filme bruto de entrevistas com jovens e com pessoas ligadas à temática da Juventude, encontrámos alguém a declarar que o que é necessário para o Concelho é a tal estrada ou uma estrada sequer.
Mais peculiar se torna a situação quando pensarmos no slogan da JSD: "É por ti". É pelos jovens do Concelho do Seixal que se reivindica uma estrada. Uma estrada. Uma estrada pelos jovens. Eu pergunto: faz sentido uma organização juvenil, seja ela partidária ou não, lutar por uma estrada quando existem tantas lacunas e há um profundo menosprezo político e ideológico com a faixa etária juvenil na sociedade. Este outdoor diz que falar de juventude é decorativo e acessório porque os problemas reais do concelho (e consequentemente dos jovens seixalenses) baseiam-se em situações como o incumprimento de uma promessa eleitoral de uma estrada. Esta interpretação do outdoor é perfeitamente válida - a JSD ignora e não se importa em ignorar uma agenda política quase consensual na área da Juventude. Que se lixem os jovens, as organizações juvenis e outros inutilidades semelhantes - nós, JSD, queremos uma estrada que vocês prometeram e não fizeram!
Confesso que foi a primeira vez que eu vi uma situação destas - se calhar a JSD quisesse mostrar maturidade política afirmando consciência sobre outros problemas mas com tantos outros problemas porquê uma estrada? Os argumentos apresentados no blog da JSD contêm em si uma prova de um discurso que revela ambição pelo palco maior da política no concelho. Objectivamente analisando, podemos legitimamente concluir que a JSD do Seixal ambiciona algo mais do que ser uma juventude partidária. A JSD quer ser levada a sério por isso aborda assuntos sérios... como estradas.
Já não há estradas com fartura? Por momentos, pensei que a JSD tivesse desprezo pelos próprios jovens porque os problemas dos jovens não sejam dignos de um outdoor de uma juventude partidária. Se calhar têm razão... esta situação é no fundo o espelho da falta de visão sobre as diferentes questões ligadas à Juventude. Os Sex Pistols tinham razão... no future!
terça-feira, fevereiro 20, 2007
sábado, fevereiro 17, 2007
Não tenho tempo... Bolas!!! Bolas!!! Bolas!!!
Hoje não me apetece fazer nada mas no outro dia estava a ouvir o Fernando Tordo e lembrei-me desta música...
Minha laranja amarga e doce
meu poema
feito de gomos de saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha passagem para o breve breve
instante da loucura.
Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia
de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa.
Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pela margem do teu corpo.
Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura.
Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo.
Meu desafio
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura.
José Carlos Ary dos Santos
Hoje não me apetece fazer nada mas no outro dia estava a ouvir o Fernando Tordo e lembrei-me desta música...
Minha laranja amarga e doce
meu poema
feito de gomos de saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha passagem para o breve breve
instante da loucura.
Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia
de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa.
Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pela margem do teu corpo.
Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura.
Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo.
Meu desafio
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura.
José Carlos Ary dos Santos
sexta-feira, janeiro 12, 2007
Há pessoas notáveis...
António Borges dixit:
Segundo números avançados pelo economista, e tendo como referência que cada interrupção voluntária da gravidez custará ao Estado cerca de 650 euros, «os custos de 2,3 abortos serão suficientes para pagar uma cirurgia média».
Para ler o resto da notícia, siga o link
António Borges dixit:
Segundo números avançados pelo economista, e tendo como referência que cada interrupção voluntária da gravidez custará ao Estado cerca de 650 euros, «os custos de 2,3 abortos serão suficientes para pagar uma cirurgia média».
Para ler o resto da notícia, siga o link
quinta-feira, janeiro 04, 2007
Ensinar é dar para sempre... uma frase que roça o piroso mas funciona...
Vejam o video
Até ao próximo post!
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