domingo, dezembro 23, 2007
quinta-feira, dezembro 20, 2007
O meu tempo anda um bocado possuído por folhas de cálculo e formulários de candidatura online... mas no outro dia, algures, ouvi esta música... e... aqui fica a letra e o vídeo.
* * *
Who's gonna tell you when it's too late,
Who's gonna tell you things aren't so great.
You cant go on,
Thinking,
Nothing is wrong,
but bye,
Who's gonna drive you home tonight?
Who's gonna pick you up when You fall?
Who's gonna hang it up when you call?
Who's gonna pay attention to your dreams?
And who's gonna plug their ears when you scream?
Who's gonna hold you down when you shake?
Who's gonna come around when you break?
P.S.: Sim... quem...?
* * *
Who's gonna tell you when it's too late,
Who's gonna tell you things aren't so great.
You cant go on,
Thinking,
Nothing is wrong,
but bye,
Who's gonna drive you home tonight?
Who's gonna pick you up when You fall?
Who's gonna hang it up when you call?
Who's gonna pay attention to your dreams?
And who's gonna plug their ears when you scream?
Who's gonna hold you down when you shake?
Who's gonna come around when you break?
P.S.: Sim... quem...?
sábado, dezembro 08, 2007
A matriz de Eisenhower
Dwight Eisenhower foi um militar norte-americano que se notabilizou por dois factos: foi o comandante da operação Overlord no assalto à costa da Normandia (com o famoso dia D) e pelo facto de ter sido Presidente dos Estados Unidos da América.
Curiosamente, o seu nome foi associado a uma matriz utilizada em processos de tomada de decisão – esta matriz tem dois eixos: urgência e importância. Confrontados com diferentes problemas simultâneamente, o decisor (ou decisores) podem estabelecer prioridades na resolução de problemas – porque não se pode resolver tuo ao mesmo tempo... o “truque” da abordagem da matriz é que tem de se resolver em primeiro lugar aquilo que é importante e urgente e depois aquilo que é importante mas não tão urgente. Eu sei que isto explicado sem um desenho pode ser complicado de perceber...
A questão da urgência e da importância coloca-se muito na política – o que é que é importante ou urgente para diferentes perspectivas políticas? Ora esta questão depende muito dos diferentes actores e do seu poder ou capacidade de influência dos processos de decisão. Opiniões são como os chapéus (há muitas...) e muitas vezes encontramos, de facto, visões diferenciadas nas mesmas questões.
Mas o problema, muitas vezes, não é a diferença de opiniões: o problema reside na urgência ou importância destas mesmas questões. Por exemplo, o tema “Juventude” - que Políticas de Juventude para Portugal, para o Distrito de Setúbal ou para o Concelho do Seixal? Pergunto ao leitor: este tema é importante e/ou urgente? Ou nenhuma das outras situações anteriores?
Para contextualizar melhor a questão: imagine que tem um donativo para dar a uma instituição e tem à sua frente uma associação juvenil, uma Instituição Particular de Solidariedade Social e uma Escola - a quem iria dar esse apoio?
Eu sei é uma pergunta com rasteira mas ilustra uma situação real na medição do que é importante ou urgente e que acontece frequentemente. O tema “Juventude” é formalmente de segunda linha e frequentemente tapado por temas como “Educação”, “Desporto” e “Acção Social”. O facto é que o futuro de um País está nos jovens mas o Presente não... e na prática as políticas de Juventude são sempre um processo de boas intenções com recursos nulos... e como podemos mudar isto?
Eu sou de uma geração de dirigentes associativos que aprendeu a temer as juventudes partidárias (as “jotas”) e a querer sobretudo distância delas. As ramificações juvenis dos partidos são, muitas vezes, prolongações dos próprios partidos que visam o recrutamento de “novo sangue” e a instrumentalização do universo juvenil – ficamos sempre com a ideia de que há uma agenda escondida nos representantes das “jotas” - basta olhar para o Conselho Nacional de Juventude... mas hoje sinto que falta “barulho” e que o “silêncio” unânime a que relegada esta dimensão da política portuguesa (e do concelho...) fez com que não houvesse necessidade em progredir no quadro da sua política sectorial.
Quando, no dia 27 de Junho, a JSD propôs a criação de um Cartão Jovem Municipal e a criação de um Conselho Municipal de Juventude, mais do que analisar qualitativamente as propostas desta juventude partidária, há que em primeiro lugar enaltecê-las - há coisas que depois podemos sempre discutir, discordar ou até achar deslocadas do contexto actual mas tem de se pôr no plano de uma agenda política cheia de outros assuntos que muitas vezes passam por ser mais importantes e mais urgentes e o não são.
As juventudes partidárias são, com todas as vicissitudes, estruturas que podem tornar visíveis problemas, necessidades que são urgentes e importantes. Neste momento, mais do que saber o que é certo ou errado, importa criar uma consciência preocupada nos políticos e nos cidadãos. Os autarcas do Seixal (e neste grupo incluo também a CDU...) sabem da importância do investimento na área da Juventude. O que está a faltar é a percepção da urgência...
Dwight Eisenhower foi um militar norte-americano que se notabilizou por dois factos: foi o comandante da operação Overlord no assalto à costa da Normandia (com o famoso dia D) e pelo facto de ter sido Presidente dos Estados Unidos da América.
Curiosamente, o seu nome foi associado a uma matriz utilizada em processos de tomada de decisão – esta matriz tem dois eixos: urgência e importância. Confrontados com diferentes problemas simultâneamente, o decisor (ou decisores) podem estabelecer prioridades na resolução de problemas – porque não se pode resolver tuo ao mesmo tempo... o “truque” da abordagem da matriz é que tem de se resolver em primeiro lugar aquilo que é importante e urgente e depois aquilo que é importante mas não tão urgente. Eu sei que isto explicado sem um desenho pode ser complicado de perceber...
A questão da urgência e da importância coloca-se muito na política – o que é que é importante ou urgente para diferentes perspectivas políticas? Ora esta questão depende muito dos diferentes actores e do seu poder ou capacidade de influência dos processos de decisão. Opiniões são como os chapéus (há muitas...) e muitas vezes encontramos, de facto, visões diferenciadas nas mesmas questões.
Mas o problema, muitas vezes, não é a diferença de opiniões: o problema reside na urgência ou importância destas mesmas questões. Por exemplo, o tema “Juventude” - que Políticas de Juventude para Portugal, para o Distrito de Setúbal ou para o Concelho do Seixal? Pergunto ao leitor: este tema é importante e/ou urgente? Ou nenhuma das outras situações anteriores?
Para contextualizar melhor a questão: imagine que tem um donativo para dar a uma instituição e tem à sua frente uma associação juvenil, uma Instituição Particular de Solidariedade Social e uma Escola - a quem iria dar esse apoio?
Eu sei é uma pergunta com rasteira mas ilustra uma situação real na medição do que é importante ou urgente e que acontece frequentemente. O tema “Juventude” é formalmente de segunda linha e frequentemente tapado por temas como “Educação”, “Desporto” e “Acção Social”. O facto é que o futuro de um País está nos jovens mas o Presente não... e na prática as políticas de Juventude são sempre um processo de boas intenções com recursos nulos... e como podemos mudar isto?
Eu sou de uma geração de dirigentes associativos que aprendeu a temer as juventudes partidárias (as “jotas”) e a querer sobretudo distância delas. As ramificações juvenis dos partidos são, muitas vezes, prolongações dos próprios partidos que visam o recrutamento de “novo sangue” e a instrumentalização do universo juvenil – ficamos sempre com a ideia de que há uma agenda escondida nos representantes das “jotas” - basta olhar para o Conselho Nacional de Juventude... mas hoje sinto que falta “barulho” e que o “silêncio” unânime a que relegada esta dimensão da política portuguesa (e do concelho...) fez com que não houvesse necessidade em progredir no quadro da sua política sectorial.
Quando, no dia 27 de Junho, a JSD propôs a criação de um Cartão Jovem Municipal e a criação de um Conselho Municipal de Juventude, mais do que analisar qualitativamente as propostas desta juventude partidária, há que em primeiro lugar enaltecê-las - há coisas que depois podemos sempre discutir, discordar ou até achar deslocadas do contexto actual mas tem de se pôr no plano de uma agenda política cheia de outros assuntos que muitas vezes passam por ser mais importantes e mais urgentes e o não são.
As juventudes partidárias são, com todas as vicissitudes, estruturas que podem tornar visíveis problemas, necessidades que são urgentes e importantes. Neste momento, mais do que saber o que é certo ou errado, importa criar uma consciência preocupada nos políticos e nos cidadãos. Os autarcas do Seixal (e neste grupo incluo também a CDU...) sabem da importância do investimento na área da Juventude. O que está a faltar é a percepção da urgência...
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