Vídeo do dia: há uns anos, eu descobri uma artista francesa que se chama Zazie. Na altura, mostrei aos meus colegas de banda e nós que não tinha nome para a banda, decidimos que o nome do nosso projecto musical seria Zizanie (o título de um dos albúns dela). O charme da música é que ela faz pop sofisticado mas que não é elitista - é difícil explicar mas oiçam
Fica aqui o vídeo de uma música que tem um título curioso: Si j'étais moi [Se eu fosse eu]:
Si j'étais moi,
Ni la montagne à gravir
Au bord du vide, la neige à venir
Ne me feraient peur
Si j'étais moi
Ni les pages à écrire
Ni de trouver les mots pour le dire
Ne me feraient peur
Mais je me lâche la main
Je m'éloigne de moi
Je me retrouve au matin
Sur la mauvaise voie
Quand on se perd en chemin
Comment venir à bout
De ces efforts inhumains
Qui nous mènent à nous
Si j'étais moi
Ni les démons que je cache
Les idées noires, les flammes que je crache
Ne me feraient peur
Mais je me lâche la main
Je m'éloigne de moi
Je me retrouve au matin
Sur la mauvaise voie
Quand on se perd en chemin
Comment venir à bout
De ces efforts inhumains
Qui nous mènent à nous
Si j'étais moi
Tout ce que j'ai sur le cour
Ce que je fais de pire et de meilleur
Ne me feraient peur
Si j'était moi
Ce que je fais de pire et de meilleur
Ferait mon bonheur
P,S: Fica também este com o título «Tout le monde il est beau»
terça-feira, dezembro 30, 2008
Estou a blogar bués!!! ;)
O meu guru da Web 2.0 também me falou de uma ferramenta particularmente interessante: o LinkedIn.com. Isto é mais uma rede social mas orientada para a divulgação de carreiras profissionais... o meu perfil é http://www.linkedin.com/in/nunoide.
Boas navegações!
O meu guru da Web 2.0 também me falou de uma ferramenta particularmente interessante: o LinkedIn.com. Isto é mais uma rede social mas orientada para a divulgação de carreiras profissionais... o meu perfil é http://www.linkedin.com/in/nunoide.
Boas navegações!
segunda-feira, dezembro 29, 2008
domingo, dezembro 28, 2008
Memento
Christopher Nolan, antes de ser conhecido pelos dois últimos filmes da personagem de banda desenhada Batman, foi realizador de um filme notável - Memento: esta é a história de um homem que sofre de perda memória de curto prazo e que procura o assassino da sua mulher. A personagem principal do filme - Leonard - diz a certa altura no filme:
Na sua senda, Leonard utiliza diversos métodos para registar os avanços na sua investigação, nomeadamente tatuar no seu corpo as informações que ele não podia esquecer.
De vez em quando, recordo-me deste filme sobretudo quando penso sobre como os vídeos de diferentes acontecimentos nas salas de aula das escolas do nosso País e que entraram na nossa vida pública. Tal como Leonard, nós também sofremos de perda de memória de curto prazo.
E tal como as tatuagens de Leonard, estes vídeos registados nas salas de aula e colocados na Internet servem como uma fotografia de um momento que regista, representa e confirma afirmações que passam a factos.
Ficámos chocados e boquiabertos dissemos: "Meu Deus, como isto é possível?" Sinceramente, Portugal deve ter mesmo problema: ou não nos lembramos de outras situações ou andamos a assobiar para o lado... a violência e a indisciplina em espaços escolares sempre existiu e não só existe em Portugal como em outros países com outras condições e estruturas. Dizer que o problema se resolve reforçando a autoridade dos professores é pensar que o problema de Leonard é um problema de falta de memória. É mais do que isso...
É igualmente interessante sublinhar que os novos media serviram de veículo - tal como a comunidade internacional só ficou chocada com as imagens do massacre no cemitério de Santa Cruz em Timor Leste, também o cidadão comum age como S. Tomé - ver para crer - e assim é que somos forçados a validar a informação. E aí pomos a máscara do choque. Os putos com os telemóveis a filmar, em rigor, estavam a praticar jornalismo de cidadão, possível com os novos recursos tecnológicos e com a Web 2.0 - ou seja um acto de cidadania!
A hipocrisia do cidadão comum não fica por aqui: "Vamos proibir os telemóveis nas salas de aula!" - agora eu pergunto: quantos de nós não usa o telemóvel em situações que não deve: no trânsito, no trabalho ou mesmo quando temos formação profissional? Quantos de nós não protagonizou uma brincadeira parva no local de trabalho com o nosso superior hierárquico? Será que o mal está nos jovens ou nos tutores?
Perante a hipocrisia dos cidadãos de Portugal, há que dizer claramente algumas coisas: 1) Violência nas Escolas sempre houve e provavelmente sempre haverá, em diferentes formas; 2) reforçar as medidas punitivas na escola para situações de violência escolar, por si mesmo, não irá acabar a violência escolar; 3) a Educação não é um protectorado da Escola e tem de ser discutida no seio das políticas da Família, Juventude, Acção Social, Desporto, etc... disciplina sim, espírito crítico sempre!
As tatuagens, tal como qualquer vídeo gravado com cenas do quotidiano violento das escolas e que depois é disponibilizado na Internet, não passavam de registos elaborados e interpretados como nós bem entendemos. Nem as tatuagens ficam para sempre - como a memória dos factos...
Christopher Nolan, antes de ser conhecido pelos dois últimos filmes da personagem de banda desenhada Batman, foi realizador de um filme notável - Memento: esta é a história de um homem que sofre de perda memória de curto prazo e que procura o assassino da sua mulher. A personagem principal do filme - Leonard - diz a certa altura no filme:
A memória pode alterar as dimensões de uma sala; pode alterar a cor de um carro. E as memórias podem ser distorcidas. Elas não são mais do que uma interpretação, elas não são um registo e elas são irrelevantes se tu tens os factos.
Na sua senda, Leonard utiliza diversos métodos para registar os avanços na sua investigação, nomeadamente tatuar no seu corpo as informações que ele não podia esquecer.
De vez em quando, recordo-me deste filme sobretudo quando penso sobre como os vídeos de diferentes acontecimentos nas salas de aula das escolas do nosso País e que entraram na nossa vida pública. Tal como Leonard, nós também sofremos de perda de memória de curto prazo.
E tal como as tatuagens de Leonard, estes vídeos registados nas salas de aula e colocados na Internet servem como uma fotografia de um momento que regista, representa e confirma afirmações que passam a factos.
Ficámos chocados e boquiabertos dissemos: "Meu Deus, como isto é possível?" Sinceramente, Portugal deve ter mesmo problema: ou não nos lembramos de outras situações ou andamos a assobiar para o lado... a violência e a indisciplina em espaços escolares sempre existiu e não só existe em Portugal como em outros países com outras condições e estruturas. Dizer que o problema se resolve reforçando a autoridade dos professores é pensar que o problema de Leonard é um problema de falta de memória. É mais do que isso...
É igualmente interessante sublinhar que os novos media serviram de veículo - tal como a comunidade internacional só ficou chocada com as imagens do massacre no cemitério de Santa Cruz em Timor Leste, também o cidadão comum age como S. Tomé - ver para crer - e assim é que somos forçados a validar a informação. E aí pomos a máscara do choque. Os putos com os telemóveis a filmar, em rigor, estavam a praticar jornalismo de cidadão, possível com os novos recursos tecnológicos e com a Web 2.0 - ou seja um acto de cidadania!
A hipocrisia do cidadão comum não fica por aqui: "Vamos proibir os telemóveis nas salas de aula!" - agora eu pergunto: quantos de nós não usa o telemóvel em situações que não deve: no trânsito, no trabalho ou mesmo quando temos formação profissional? Quantos de nós não protagonizou uma brincadeira parva no local de trabalho com o nosso superior hierárquico? Será que o mal está nos jovens ou nos tutores?
Perante a hipocrisia dos cidadãos de Portugal, há que dizer claramente algumas coisas: 1) Violência nas Escolas sempre houve e provavelmente sempre haverá, em diferentes formas; 2) reforçar as medidas punitivas na escola para situações de violência escolar, por si mesmo, não irá acabar a violência escolar; 3) a Educação não é um protectorado da Escola e tem de ser discutida no seio das políticas da Família, Juventude, Acção Social, Desporto, etc... disciplina sim, espírito crítico sempre!
As tatuagens, tal como qualquer vídeo gravado com cenas do quotidiano violento das escolas e que depois é disponibilizado na Internet, não passavam de registos elaborados e interpretados como nós bem entendemos. Nem as tatuagens ficam para sempre - como a memória dos factos...
As noites são óptimas para os registos no diário de bordo... são uma boa altura para eu escrever.
A questão coloca-se: escrever o quê? Sei lá.. pôr para fora... ou tentar pôr para fora... gosto muito de reticências.
Vou aproveitar para preparar um artigo para o Notícias do Seixal quando eles se lembrarem de mim com menos de uma semana de antecedência... (mais reticências)
Vídeo do dia: na minha necessidade profissional de saber quais são os consumos culturais dos jovens descobri uma série com o título "O.C." - O.C. é o acrónimo para Orange County que aparentemente é um bairro cheio de gente rica na América. Na altura quando descobri esta série, colaborava com duas raparigas voluntárias completamente "apaixonadas adolescentemente" - automaticamente percebi que era o mesmo fenómeno do Beverly Hills xxxx (é um número que eu não me lembro e nem tenho paciência em procurar...).
Um dia, ao ver um dos episódios, a banda sonora era esta versão dos alemães Alphaville; nas minhas pesquisas pelo YouTube descobri este vídeo que ilustra tão bem o espírito da música e da versão que eu acho que foi muito bem conseguida!
P.S.: O nome do grupo é, curiosamente, Youth Group ;)
A questão coloca-se: escrever o quê? Sei lá.. pôr para fora... ou tentar pôr para fora... gosto muito de reticências.
Vou aproveitar para preparar um artigo para o Notícias do Seixal quando eles se lembrarem de mim com menos de uma semana de antecedência... (mais reticências)
Vídeo do dia: na minha necessidade profissional de saber quais são os consumos culturais dos jovens descobri uma série com o título "O.C." - O.C. é o acrónimo para Orange County que aparentemente é um bairro cheio de gente rica na América. Na altura quando descobri esta série, colaborava com duas raparigas voluntárias completamente "apaixonadas adolescentemente" - automaticamente percebi que era o mesmo fenómeno do Beverly Hills xxxx (é um número que eu não me lembro e nem tenho paciência em procurar...).
Um dia, ao ver um dos episódios, a banda sonora era esta versão dos alemães Alphaville; nas minhas pesquisas pelo YouTube descobri este vídeo que ilustra tão bem o espírito da música e da versão que eu acho que foi muito bem conseguida!
P.S.: O nome do grupo é, curiosamente, Youth Group ;)
quarta-feira, dezembro 17, 2008
Não consigo dormir... liguei a televisão e vi uma série que não via a algum tempo: The Shield - é uma série americana particularmente engraçada onde a diferença entre e o Bem e o Mal esbate-se... o que é que eu posso dizer mais: vejam e o actor principal é o Ben Grimm do Quarteto Fantástico
domingo, dezembro 14, 2008
Hoje [ou ontem...] lembrei-me de uma música que não ouvia há muito tempo: "Me and my big ideas" foi um tema escrito dos Tears for Fears para um album que não foi bem sucedido ["Raoul and the Kings of Spain"] - o título é poderoso, a letra também mas a música com o dueto vocal entre Roland Orzabal e Oleta Adams torna-a... maior.
Fica a letra e um vídeo que apanhei no YouTube:
Me and My Big Ideas
Me and my big ideas
Won't wash away your tears
No one else seems to mind
That I'm not that kind
Go get a volunteer
We'll pay him well my dear
He will see inside your mind
Because he is that kind
It's a southern kind of heat
The shadows crack and start to creep
Conversation drags its feet
I wish we'd both been more discreet
Like light that is caught between night and day
You're stuck between me and my
Me and my big ideas
Won't wash away your tears
So many strings to your bow
Why not let one go
Well they love you when you're weak
Bet they hate to see this winning streak
It's that thing we call control
There's a deep frustration in their soul
Black thoughts
That are stuck between someone's earsv Like me and my big ideas
So many strings to your bow
Why not let one go
In a way this dream is over
Blown away our four leaf clover
There's no reason why
Me and my big ideas
Won't wash away your tears
No one else seems to mind
That I'm not that kind
Fica a letra e um vídeo que apanhei no YouTube:
Me and My Big Ideas
Me and my big ideas
Won't wash away your tears
No one else seems to mind
That I'm not that kind
Go get a volunteer
We'll pay him well my dear
He will see inside your mind
Because he is that kind
It's a southern kind of heat
The shadows crack and start to creep
Conversation drags its feet
I wish we'd both been more discreet
Like light that is caught between night and day
You're stuck between me and my
Me and my big ideas
Won't wash away your tears
So many strings to your bow
Why not let one go
Well they love you when you're weak
Bet they hate to see this winning streak
It's that thing we call control
There's a deep frustration in their soul
Black thoughts
That are stuck between someone's earsv Like me and my big ideas
So many strings to your bow
Why not let one go
In a way this dream is over
Blown away our four leaf clover
There's no reason why
Me and my big ideas
Won't wash away your tears
No one else seems to mind
That I'm not that kind
sábado, novembro 29, 2008
Boas...
Quero recuperar uma ideia antiga: Eu não sou o que sou, eu sou o que faço...
Vídeo do dia: graças ao Ville, descobri uma banda que nós os dois gostamos mas que tem um som um bocado gay o que vai contra a nossa condição heterosexual - os Mew. Eles têm uma canção que não me tem largado "Snow Brigade" - no YouTube encontrei um vídeo com imagens do Shinning que acaba por colar de uma forma engraçada com a canção - Mew - Snow Brigade.
Quero recuperar uma ideia antiga: Eu não sou o que sou, eu sou o que faço...
Vídeo do dia: graças ao Ville, descobri uma banda que nós os dois gostamos mas que tem um som um bocado gay o que vai contra a nossa condição heterosexual - os Mew. Eles têm uma canção que não me tem largado "Snow Brigade" - no YouTube encontrei um vídeo com imagens do Shinning que acaba por colar de uma forma engraçada com a canção - Mew - Snow Brigade.
sábado, novembro 15, 2008
Hoje pensei:
"Não gosto muito de viver mas ainda tenho coisas para fazer..."
Que estupidez... ou talvez não... sinto-me sozinho mas há dias que não quero ter ninguém à volta.
Isto depois passa...
Vídeo do dia: Foo Fighters: The Pretender
"Não gosto muito de viver mas ainda tenho coisas para fazer..."
Que estupidez... ou talvez não... sinto-me sozinho mas há dias que não quero ter ninguém à volta.
Isto depois passa...
Vídeo do dia: Foo Fighters: The Pretender
segunda-feira, novembro 10, 2008
domingo, novembro 02, 2008
Estive na Sérvia e voltei os meus problemas clássicos de não saber trabalhar em grupo em contexto de formação... desta vez, consegui lidar com os meus problemas de personalidade e sinto que estou em processo de aprendizagem... por isso quero melhorar a minha estabilidade emocional como formador a lidar com pessoas dominantes... como eu... e assim eu espero!
O país vai crescer muito... pela determinação das pessoas - o grupo de formação tinha pessoas da Bósnia, Macedónia, Croácia, Sérvia e era estranho que era suposto estas pessoas não se entender e terem problemas de nacionalismo... mas afinal era todos irmãos... às vezes estava à mesa com eles, comunicavam uns com os outros parecendo que falavam a mesma língua e eu pensava: "Porque é que a Jugoslávia acabou quando eles todos querem entrar para a União Europeia..." - quando lhes colocava esta ideia, todos eles respondiam: "O problema foram os políticos e as pessoas que fizeram dinheiro com a guerra..."
Belgrado é bonita - e fiquei muito contente por ver em toda a cidade cartazes da Mariza que vai actuar lá em Dezembro! Um certo orgulho nacional - eu que nem sou um grande fã da Mariza fiquei contente... afinal de contas e apesar de tudo sou português e gosto de fado. :)
Por causa dos contactos quase que fui obrigado a criar um perfil no facebook - o meu contacto é o nunoide [at] hotmail . com por isso se quiserem-me adicionar estão à vontade... ach
O país vai crescer muito... pela determinação das pessoas - o grupo de formação tinha pessoas da Bósnia, Macedónia, Croácia, Sérvia e era estranho que era suposto estas pessoas não se entender e terem problemas de nacionalismo... mas afinal era todos irmãos... às vezes estava à mesa com eles, comunicavam uns com os outros parecendo que falavam a mesma língua e eu pensava: "Porque é que a Jugoslávia acabou quando eles todos querem entrar para a União Europeia..." - quando lhes colocava esta ideia, todos eles respondiam: "O problema foram os políticos e as pessoas que fizeram dinheiro com a guerra..."
Belgrado é bonita - e fiquei muito contente por ver em toda a cidade cartazes da Mariza que vai actuar lá em Dezembro! Um certo orgulho nacional - eu que nem sou um grande fã da Mariza fiquei contente... afinal de contas e apesar de tudo sou português e gosto de fado. :)
Por causa dos contactos quase que fui obrigado a criar um perfil no facebook - o meu contacto é o nunoide [at] hotmail . com por isso se quiserem-me adicionar estão à vontade... ach
sábado, setembro 20, 2008
Saber ler e escrever
A Rato – ADCC reiniciou o projecto Teclar que, por razões relacionadas com a mudança para a nova Oficina da Juventude do Miratejo, esteve parado.
Não vou enaltecer o trabalho que está a ser feito e vou simplesmente abordar a causa: a infoexclusão. Nicholas Negroponte é um cientista norte-americano que se tornou um guru moderno sobre as implicações das transformações que a Sociedade de Informação está a trazer à nossa vida quotidiana. Nicholas Negroponte empenhou-se no desenvolvimento de um
computador portátil com o valor de 100 dólares que seria distribuído por crianças dos países em desenvolvimento.
Num vídeo promocional da Fundação OLPC (One Laptop per Children – Um Portátil por Criança: disponível no canal do YouTube da Fundação - http://www.youtube.com/OLPCFoundation ele diz o seguinte: “Porque é que um miúdo num País em Desenvolvimento precisa de um portátil de todas as coisas quando poderá não ter comida, em alguns casos poderá não viver até aos 5 anos de idade, não têm água potável e os pais ganham 1 dólar por dia ou menos – Meu Deus
porque é que eles deveriam ter um computador pessoal? Tirem a palavra portátil e substituam-na por Educação e ninguém diria isso. Esta [computador portátil de 100 dólares] será a única esperança para eliminar pobreza, criar paz e proteger no ambiente. Eu não consigo pensar numa melhor maneira de o fazer”
Não se trata de ter a filosofia “think big” - afinal o computador custa aproximadamente 100€. O que Nicholas Negroponte sublinha é o poder da Técnica ao serviço do Homem nas suas melhores
possibilidades, intenções e realizações efectivas.
No mundo desenvolvido, a infoexclusão atinge sobretudo aqueles que são um dos primeiros resultados do desenvolvimento das nações: os idosos. Nunca se viveu tanto como nos dias de hoje. Mas essas pessoas que chegam à idade mais avançada são pessoas lúcidas (frequentemente dotadas de grandes capacidades intelectuais...) que são confrontadas com uma realidade
tecnológica em mutação que está na base na forma como comunicamos, nos relacionamos ou aprendemos.
A infoexclusão pode ser uma questão pouco urgente nos dias que correm mas será provavelmente daqui a 5 anos. Não me chamo Maya e nem tenho nenhuns poderes especiais mas utilizo o óbvio tal como os astrólogos – o computador [ou a máquina digital, numa perspectiva mais lata...] está presente em todos os domínios da nossa vida e se não temos competências no
domínio da literacia digital e mediática, nós afundamo-nos num estado de autismo social.
O projecto Teclar aborda este problema: proporcionar uma oportunidade formativa dirigida a uma faixa etária mais idosa que nunca ou quase nunca teve um contacto com o «bicho informático» - com frequência, as pessoas idosas enfatizam o medo de estragar o computador, do bloqueio ao computador feito pelos mais novos [filhos, netos...]. Mas o que é realmente importante neste trabalho é o próprio processo de aprendizagem que desenvolvem: muitas
vezes, as pessoas idosas não entendem o processo de aprendizagem como um processo de descoberta – muitas vezes com medo de fazer mal ou de «estragar» o computador, receiam o próprio computador em si. O grande desafio assenta em aceitar a mudança como normal e acertar não o relógio mas sim a velocidade dos ponteiros e gostar de ver como o relógio funciona
ou mesmo experimentar novos relógios. E aqui mais do que a ignorância, o pior adversário destes processos está no medo.
Consideramos ser importante que os agentes públicos (o Estado e as Autarquias Locais) e privados (as associações de reformados e pensionistas e outras organizações sem fins lucrativos) abordam este problema proactivamente e com noção de que o que importa aqui é que o truque está no processo de aprendizagem que é feito ao longo da Vida. De toda a Vida.
A Rato – ADCC reiniciou o projecto Teclar que, por razões relacionadas com a mudança para a nova Oficina da Juventude do Miratejo, esteve parado.
Não vou enaltecer o trabalho que está a ser feito e vou simplesmente abordar a causa: a infoexclusão. Nicholas Negroponte é um cientista norte-americano que se tornou um guru moderno sobre as implicações das transformações que a Sociedade de Informação está a trazer à nossa vida quotidiana. Nicholas Negroponte empenhou-se no desenvolvimento de um
computador portátil com o valor de 100 dólares que seria distribuído por crianças dos países em desenvolvimento.
Num vídeo promocional da Fundação OLPC (One Laptop per Children – Um Portátil por Criança: disponível no canal do YouTube da Fundação - http://www.youtube.com/OLPCFoundation ele diz o seguinte: “Porque é que um miúdo num País em Desenvolvimento precisa de um portátil de todas as coisas quando poderá não ter comida, em alguns casos poderá não viver até aos 5 anos de idade, não têm água potável e os pais ganham 1 dólar por dia ou menos – Meu Deus
porque é que eles deveriam ter um computador pessoal? Tirem a palavra portátil e substituam-na por Educação e ninguém diria isso. Esta [computador portátil de 100 dólares] será a única esperança para eliminar pobreza, criar paz e proteger no ambiente. Eu não consigo pensar numa melhor maneira de o fazer”
Não se trata de ter a filosofia “think big” - afinal o computador custa aproximadamente 100€. O que Nicholas Negroponte sublinha é o poder da Técnica ao serviço do Homem nas suas melhores
possibilidades, intenções e realizações efectivas.
No mundo desenvolvido, a infoexclusão atinge sobretudo aqueles que são um dos primeiros resultados do desenvolvimento das nações: os idosos. Nunca se viveu tanto como nos dias de hoje. Mas essas pessoas que chegam à idade mais avançada são pessoas lúcidas (frequentemente dotadas de grandes capacidades intelectuais...) que são confrontadas com uma realidade
tecnológica em mutação que está na base na forma como comunicamos, nos relacionamos ou aprendemos.
A infoexclusão pode ser uma questão pouco urgente nos dias que correm mas será provavelmente daqui a 5 anos. Não me chamo Maya e nem tenho nenhuns poderes especiais mas utilizo o óbvio tal como os astrólogos – o computador [ou a máquina digital, numa perspectiva mais lata...] está presente em todos os domínios da nossa vida e se não temos competências no
domínio da literacia digital e mediática, nós afundamo-nos num estado de autismo social.
O projecto Teclar aborda este problema: proporcionar uma oportunidade formativa dirigida a uma faixa etária mais idosa que nunca ou quase nunca teve um contacto com o «bicho informático» - com frequência, as pessoas idosas enfatizam o medo de estragar o computador, do bloqueio ao computador feito pelos mais novos [filhos, netos...]. Mas o que é realmente importante neste trabalho é o próprio processo de aprendizagem que desenvolvem: muitas
vezes, as pessoas idosas não entendem o processo de aprendizagem como um processo de descoberta – muitas vezes com medo de fazer mal ou de «estragar» o computador, receiam o próprio computador em si. O grande desafio assenta em aceitar a mudança como normal e acertar não o relógio mas sim a velocidade dos ponteiros e gostar de ver como o relógio funciona
ou mesmo experimentar novos relógios. E aqui mais do que a ignorância, o pior adversário destes processos está no medo.
Consideramos ser importante que os agentes públicos (o Estado e as Autarquias Locais) e privados (as associações de reformados e pensionistas e outras organizações sem fins lucrativos) abordam este problema proactivamente e com noção de que o que importa aqui é que o truque está no processo de aprendizagem que é feito ao longo da Vida. De toda a Vida.
domingo, setembro 14, 2008
Bem eu pensei em criar uma coisa de raiz mas acho que vou utilizar as merdas que já existem com o google e afins... e vou pôr os meus documentos e merdas afins num grupo de discussão... é a vida!
Entretanto vou-me dedicar outra vez ao Moodle da Rato - ADCC. Acho que posso desenvolver os meus conhecimentos de HTML - assim espero.
Até lá: trabalho, trabalho, trabalho...
Entretanto vou-me dedicar outra vez ao Moodle da Rato - ADCC. Acho que posso desenvolver os meus conhecimentos de HTML - assim espero.
Até lá: trabalho, trabalho, trabalho...
terça-feira, setembro 02, 2008
Encontrei os seguintes sítios na Internet com os quais tenho de trabalhar... 1) http://www.swivel.com 2) http://wordle.net e 3) Many Eyes
segunda-feira, agosto 04, 2008
Lisbon's not dead
Cavaco Silva lembrou-se mais uma dos jovens na sessão comemorativa do 25 de Abril.
Baseando-se num estudo feito pela Universidade Católica, no seu discurso presidencial, ele alertou os deputados da nação para a ignorância e desinteresse generalizados dos jovens para as questões da política e cidadania.
O problema do nosso estimado Presidente da República é que ele porta-se como Frei Tomás ? faz o que eu digo e não faças o que eu faço! A visão do estadista Cavaco Silva foi tendo várias metamorfoses mas, mesmo se pensarmos o que conta é este momento, as palavras cairam mal, na minha modesta opinião.
E caíram mal porquê? O elã político de Cavaco Silva advém muito da capacidade de tomar decisões sozinho, contra tudo e contra todos. Cavaco, o liberal, defende implicitamente que o Estado serve para potenciar o crescimento económico dos agentes económicos do Estado. As eleições servem para dar maiorias estáveis e governáveis. As ideias e os rumos estão definidos nos compêndios e manuais de Economia. Não há muito a inventar. As ideias e as diferenças de opinião são frequentemente fait divers que podem originar cargas da GNR mas isso é aquilo que é menos preocupante.
Não olhemos então para o Passado: das três perguntas colocadas no estudo e que deixam profundamente preocupado o Sr. Presidente, há uma que acho particularmente ilustrativa da incongruência do discurso deste mais-que-tudo do nosso País ? quantos países tem a União Europeia? E você sabe quantos países tem a União Europeia? Não é preciso ser-se jovem para responder errado a esta pergunta.
E porque é que os jovens (e os velhos...) não sabem quantos países têm a União Europeia? Por uma série de razões mas aquela que me surge como mais directa é a falta de informação e de debate nas escolas e em outros espaços públicos. Eu também acho que é grave que muitos jovens não saibam responder mas a questão que coloco é que os políticos do Bloco Central gostam de falar da UE como um facto consumado como o Sol, as Estrelas e os finais das telenovelas. Não há nada a saber.
Foi público e notório o papel de Cavaco Silva na escolha da ratificação via parlamentar do Tratado de Lisboa. Até agora o povo Português nunca fora consultado sobre qual era a sua opinião. Hoje, pagamos a factura de Maastricht sem o sabermos. Se calhar o Povo Português quereria pagar essa factura, mas aquilo que importa é que quando temos a oportunidade de discutir (através do instrumento do referendo) e elucidar o que é, de facto, este Tratado e o que queremos da Europa, a resposta do bloco central foi... não.
Quer Cavaco Silva e os seus apoiantes gostem ou não, a verdade é que a ratificação parlamentar serviu de tampão a um mecanismo que poderia estimular a discussão, o conhecimento e um possível sentimento de pertença à União Europeia. Hoje, a Europa é um sítio onde se vai buscar subsídios, mais nada porque o resto não interessa. Cavaco Silva não é o único ? por toda a Europa, os europeístas têm medo dos europeus. Cavaco não entende a ignorância nem a dúvida. Para ele a realidade dos factos têm a simplicidade ontológica de uma fatia de bolo rei. Está lá e nós comemos. O pior é se nos sair a fava.
Quando as taxas de juro aumentam, quando a ASAE vai atrás do pequeno comerciante, quando o IVA não baixa... em tudo isto temos decisões de cima, da União Europeia. Não vemos Bruxelas mas ela está lá!
O que Cavaco Silva não quer assumir é que a consciência política e a participação cívica das pessoas está também dependente da disponibilidade dos políticos em aceitar diferenças de opinião. Quando o Presidente apela à participação, apela à participação de acordo com as suas regras, visão e finalidade. O modelo Ford T com todas as cores, desde que sejam preto. Todas as soluções políticas desde que tenham Tratado e ainda por cima com o nome da nossa capital maravilhosa. Enquanto há esperança... Lisbon's not dead! Cavaco dixit.
Cavaco Silva lembrou-se mais uma dos jovens na sessão comemorativa do 25 de Abril.
Baseando-se num estudo feito pela Universidade Católica, no seu discurso presidencial, ele alertou os deputados da nação para a ignorância e desinteresse generalizados dos jovens para as questões da política e cidadania.
O problema do nosso estimado Presidente da República é que ele porta-se como Frei Tomás ? faz o que eu digo e não faças o que eu faço! A visão do estadista Cavaco Silva foi tendo várias metamorfoses mas, mesmo se pensarmos o que conta é este momento, as palavras cairam mal, na minha modesta opinião.
E caíram mal porquê? O elã político de Cavaco Silva advém muito da capacidade de tomar decisões sozinho, contra tudo e contra todos. Cavaco, o liberal, defende implicitamente que o Estado serve para potenciar o crescimento económico dos agentes económicos do Estado. As eleições servem para dar maiorias estáveis e governáveis. As ideias e os rumos estão definidos nos compêndios e manuais de Economia. Não há muito a inventar. As ideias e as diferenças de opinião são frequentemente fait divers que podem originar cargas da GNR mas isso é aquilo que é menos preocupante.
Não olhemos então para o Passado: das três perguntas colocadas no estudo e que deixam profundamente preocupado o Sr. Presidente, há uma que acho particularmente ilustrativa da incongruência do discurso deste mais-que-tudo do nosso País ? quantos países tem a União Europeia? E você sabe quantos países tem a União Europeia? Não é preciso ser-se jovem para responder errado a esta pergunta.
E porque é que os jovens (e os velhos...) não sabem quantos países têm a União Europeia? Por uma série de razões mas aquela que me surge como mais directa é a falta de informação e de debate nas escolas e em outros espaços públicos. Eu também acho que é grave que muitos jovens não saibam responder mas a questão que coloco é que os políticos do Bloco Central gostam de falar da UE como um facto consumado como o Sol, as Estrelas e os finais das telenovelas. Não há nada a saber.
Foi público e notório o papel de Cavaco Silva na escolha da ratificação via parlamentar do Tratado de Lisboa. Até agora o povo Português nunca fora consultado sobre qual era a sua opinião. Hoje, pagamos a factura de Maastricht sem o sabermos. Se calhar o Povo Português quereria pagar essa factura, mas aquilo que importa é que quando temos a oportunidade de discutir (através do instrumento do referendo) e elucidar o que é, de facto, este Tratado e o que queremos da Europa, a resposta do bloco central foi... não.
Quer Cavaco Silva e os seus apoiantes gostem ou não, a verdade é que a ratificação parlamentar serviu de tampão a um mecanismo que poderia estimular a discussão, o conhecimento e um possível sentimento de pertença à União Europeia. Hoje, a Europa é um sítio onde se vai buscar subsídios, mais nada porque o resto não interessa. Cavaco Silva não é o único ? por toda a Europa, os europeístas têm medo dos europeus. Cavaco não entende a ignorância nem a dúvida. Para ele a realidade dos factos têm a simplicidade ontológica de uma fatia de bolo rei. Está lá e nós comemos. O pior é se nos sair a fava.
Quando as taxas de juro aumentam, quando a ASAE vai atrás do pequeno comerciante, quando o IVA não baixa... em tudo isto temos decisões de cima, da União Europeia. Não vemos Bruxelas mas ela está lá!
O que Cavaco Silva não quer assumir é que a consciência política e a participação cívica das pessoas está também dependente da disponibilidade dos políticos em aceitar diferenças de opinião. Quando o Presidente apela à participação, apela à participação de acordo com as suas regras, visão e finalidade. O modelo Ford T com todas as cores, desde que sejam preto. Todas as soluções políticas desde que tenham Tratado e ainda por cima com o nome da nossa capital maravilhosa. Enquanto há esperança... Lisbon's not dead! Cavaco dixit.
domingo, julho 13, 2008
Hoje estava a limpar o carro e a ouvir a Antena 1 e no meio de uma entrevista com a Laurinda Alves (acho que era ela...) num programa sobre blogues e a meio ela disse que para actualizar constantemente é preciso tempo interior... conceito curioso!
É isso - falta-me tempo interior... e este blogue é sobre isso - a falta de tempo interior...
É isso - falta-me tempo interior... e este blogue é sobre isso - a falta de tempo interior...
sexta-feira, maio 02, 2008
Escolhe
Este trecho foi retirado do filme “Trainspotting” baseado no livro homónimo de Irvine Welsh. Esta é uma história amoral sobre a vida de um grupo de jovens de Edimburgo (na Escócia) que aparentemente não escolheram uma vida nem um futuro. É um filme de culto na minha geração - uns ficaram chocados, outros acharam o filme engraçado mas em geral poucos ficaram indeferentes. O filme parecia um espelho próximo da realidade juvenil suburbana do mundo ocidental, abordando a realidade da toxicodependência juvenil.
Durante muito tempo, nunca soube ao certo o que significava Trainspotting – quer dizer, sabia traduzir as duas palavras “train” e “spotting” mas só foi mas mais tarde na minha Vida é que soube que “Trainspotting” é um passatempo que consiste em ver comboios. Quando soube, sinceramente pensei que só alguém que não tem nada para fazer ou que não sabe o que há de fazer da sua Vida é que vai avistar comboios? Talvez...
Não vou escrever sobre drogas. Vou escrever sobre o 25 de Abril.
Se pensarmos sobre o que é o 25 de Abril, a primeira palavra que surge é “Liberdade”. E se eu pudesse falar com um jovem e perguntar-lhe o que é Liberdade, ele provavelmente responderia “Liberdade é fazer o que eu quero”. Melhor: “Fazer o que me apetece”. Seguidamente se continuássemos com este diálogo quase socrático, perguntássemos o que te apetece fazer, esse jovem responderia “Não apetece fazer nada”. Ou então: “Não sei”. Com o tempo que temos disponível, podemos sempre ver os comboios a passar.
O 25 de Abril trouxe-nos para a modernidade e afastou-nos do universo onírico salazarista de um Portugal humilde, pobre e crente. Alguns que a transformação era inevitável e que chegariamos aqui com ou sem 25 de Abril. Não quero enveredar pela discussão do “Revolução versus Evolução” mas para afirmar que o 25 de Abril trouxe mudanças fundamentais: hoje somos um País diferente e, na minha opinião, um País melhor. Muito melhor.
Portugal passou a ser um país moderno (na medida do possível...) e nunca, na nossa História, tivemos tanta riqueza, tantos bens de consumo que pudessemos usufruir. Eu tenho logo eu sou: eu sou o telemóvel da Nokia ou os ténis da Adidas. Nós temos logo nós somos tudo o que queremos ser. As virtudes do País rural crente em Deus do “antes 25 Abril” foram substítuidas pelo brilho pechisbeque dos brincos do Cristiano Ronaldo. De repente, tudo é possível, fácil e rápido.
O problema é que nós, aparentemente, não temos problemas. Mas a verdade é que temos problemas e o maior problema é não vermos os problemas ou não os querermos ver. No mundo moderno, a Vida tornou-se um percurso já feito. Ford, quando lançou o seu modelo T, afirmou: “Podem escolher todas as cores, desde que seja preto.” A escolha é teres aquela escolha.
Há uma ilusão que podemos escolher tudo e tudo está disponível... desde que escolhemos preto.
O problema nas comemorações de Abril é que são feitas no pretérito imperfeito – é o dever de quem viveu o 25 de Abril e que teme que a sua memória seja remota, que faça reflexão sobre os dias de Hoje e sobre os jovens que irão ter que lembrar o 25 de Abril cada vez mais longíquo no tempo.
Mais do que uma comemoração, 25 de Abril deve ser um verbo conjugado no presente e no futuro, encarando os desafios dos tempos que correm e que hão-de correr com os ideais democráticos de 74. Mais do que comemorar, é preciso agir no agora. Mais do que lembrar, é preciso pensar que a mais longa caminhada começa sempre no primeiro passo e andar não é fácil, não é rápido e cansa. Mais do que a data, os valores.
A Liberdade exige sonho e músculo.
Escolhe a Vida. Escolhe um emprego. Escolhe uma carreira. Escolhe uma família. Escolhe a merda de uma televisão grande, escolhe máquinas de lavar, carros, leitores de CD e máquinas eléctricas para abrir latas [...]Escolhe o futuro. Escolhe a Vida... Mas porque é que eu haveria de querer uma coisa dessas? Eu escolhi não escolher a Vida. Eu escolhi uma outra coisa. E as razões? Não há razões. Quem precisa de razões quando temos heroína?
Este trecho foi retirado do filme “Trainspotting” baseado no livro homónimo de Irvine Welsh. Esta é uma história amoral sobre a vida de um grupo de jovens de Edimburgo (na Escócia) que aparentemente não escolheram uma vida nem um futuro. É um filme de culto na minha geração - uns ficaram chocados, outros acharam o filme engraçado mas em geral poucos ficaram indeferentes. O filme parecia um espelho próximo da realidade juvenil suburbana do mundo ocidental, abordando a realidade da toxicodependência juvenil.
Durante muito tempo, nunca soube ao certo o que significava Trainspotting – quer dizer, sabia traduzir as duas palavras “train” e “spotting” mas só foi mas mais tarde na minha Vida é que soube que “Trainspotting” é um passatempo que consiste em ver comboios. Quando soube, sinceramente pensei que só alguém que não tem nada para fazer ou que não sabe o que há de fazer da sua Vida é que vai avistar comboios? Talvez...
Não vou escrever sobre drogas. Vou escrever sobre o 25 de Abril.
Se pensarmos sobre o que é o 25 de Abril, a primeira palavra que surge é “Liberdade”. E se eu pudesse falar com um jovem e perguntar-lhe o que é Liberdade, ele provavelmente responderia “Liberdade é fazer o que eu quero”. Melhor: “Fazer o que me apetece”. Seguidamente se continuássemos com este diálogo quase socrático, perguntássemos o que te apetece fazer, esse jovem responderia “Não apetece fazer nada”. Ou então: “Não sei”. Com o tempo que temos disponível, podemos sempre ver os comboios a passar.
O 25 de Abril trouxe-nos para a modernidade e afastou-nos do universo onírico salazarista de um Portugal humilde, pobre e crente. Alguns que a transformação era inevitável e que chegariamos aqui com ou sem 25 de Abril. Não quero enveredar pela discussão do “Revolução versus Evolução” mas para afirmar que o 25 de Abril trouxe mudanças fundamentais: hoje somos um País diferente e, na minha opinião, um País melhor. Muito melhor.
Portugal passou a ser um país moderno (na medida do possível...) e nunca, na nossa História, tivemos tanta riqueza, tantos bens de consumo que pudessemos usufruir. Eu tenho logo eu sou: eu sou o telemóvel da Nokia ou os ténis da Adidas. Nós temos logo nós somos tudo o que queremos ser. As virtudes do País rural crente em Deus do “antes 25 Abril” foram substítuidas pelo brilho pechisbeque dos brincos do Cristiano Ronaldo. De repente, tudo é possível, fácil e rápido.
O problema é que nós, aparentemente, não temos problemas. Mas a verdade é que temos problemas e o maior problema é não vermos os problemas ou não os querermos ver. No mundo moderno, a Vida tornou-se um percurso já feito. Ford, quando lançou o seu modelo T, afirmou: “Podem escolher todas as cores, desde que seja preto.” A escolha é teres aquela escolha.
Há uma ilusão que podemos escolher tudo e tudo está disponível... desde que escolhemos preto.
O problema nas comemorações de Abril é que são feitas no pretérito imperfeito – é o dever de quem viveu o 25 de Abril e que teme que a sua memória seja remota, que faça reflexão sobre os dias de Hoje e sobre os jovens que irão ter que lembrar o 25 de Abril cada vez mais longíquo no tempo.
Mais do que uma comemoração, 25 de Abril deve ser um verbo conjugado no presente e no futuro, encarando os desafios dos tempos que correm e que hão-de correr com os ideais democráticos de 74. Mais do que comemorar, é preciso agir no agora. Mais do que lembrar, é preciso pensar que a mais longa caminhada começa sempre no primeiro passo e andar não é fácil, não é rápido e cansa. Mais do que a data, os valores.
A Liberdade exige sonho e músculo.
sexta-feira, abril 04, 2008
Amanhã, ou hoje vai haver, uma formação sobre o YouTube - aqui vou deixar algumas hiperligações sobre o projecto:
Canal do YouTube de início:
http://www.youtube.com/nun0ide
YouTube na Wikipédia em Português e Inglês; Comparação dos serviços de partilha de vídeo
Sítio com backgrounds
O YouTube pode ser usado como?
Diário pessoal (vlog): E-pisódio dos Dixit
Promoção artística: Brandon Hardesty e hiperligação no Wikipédia // David Fonseca
Entreternimento: Dragostea Din Tea
Aprender pela Internet: Hot for Words
Moblização para causas solidárias: A última lição de Randy Pausch
Política: You choose 08
Canal do YouTube de início:
http://www.youtube.com/nun0ide
YouTube na Wikipédia em Português e Inglês; Comparação dos serviços de partilha de vídeo
Sítio com backgrounds
O YouTube pode ser usado como?
Diário pessoal (vlog): E-pisódio dos Dixit
Promoção artística: Brandon Hardesty e hiperligação no Wikipédia // David Fonseca
Entreternimento: Dragostea Din Tea
Aprender pela Internet: Hot for Words
Moblização para causas solidárias: A última lição de Randy Pausch
Política: You choose 08
sábado, março 22, 2008
8 anos a clicKar
Após a reunião da Comissão Política do PS sobre os 3 anos do governo socialista, Vitalino Canas deixou no espaço mediático nacional um rasgo de brilhantismo intelectual: o porta-voz do Partido Socialista afirmou que e eu cito:
UAU!!!
O meu espanto não se centra tanto na qualidade (ou falta dela...) dos actuais governantes do nosso País. O que me deixou "esmagado" foi a ideia de que se fazem balanços para serem certamente balanços positivos. Eu não faria isso...
Falo sobre isto porque no passado dia 15 de Março, a Rato - ADCC fez o seu "segundo" aniversário: no dia 29 de Fevereiro de 2000, fomos a Vendas Novas assinar a escritura de constituição - deste então, cantamos os parabéns 4 em 4 anos. É engraçado e torna as comemorações mais económicas! O Jorge Santos - director do Jornal - esteve lá e fez-me um desafio: "Olha lá faz um artigo sobre estes 8 anos, pá!" E eu - "OK, vamos ver o que sai..."
Sentei-me à frente do computador e coloquei uma questão que sempre colocámos na Rato - ADCC - "Valeu a pena?" Quem acampanhou o percurso da associação sabe que tudo isto nunca foi fácil, pelo contrário... houve uma grande persistência da nossa parte contra muitas adversidades que causaram um desgaste em muitas pessoas da associação que deixaram o projecto. As exigências e a necessidade em agarrar oportunidades trouxe uma fadiga e uma descrença naquilo que estamos a fazer - "Afinal de contas, está a valer a pena? O trabalho, o esforço e o sacrifício? Será que estamos no caminho certo? Será que tudo isto faz sentido? Será que vale mesmo a pena?"
Ao contrário do PS, as nossas assembleias gerais eram encontros sofridos quase masoquistas que nos obrigavam a confrontar com os problemas e com a necessidade urgente em encontrar soluções. Nada era bom, tudo era difícil - a falta de apoios, a necessidade em encontrar novos associados e a necessidade em afirmar um projecto juvenil a longo prazo com uma voz activa nas questões globais da Juventude no distrito de Setúbal... a pressão em crescer e corresponder às exigências que vinham de dentro e de fora - tudo isto fez com que o caminho da Rato - ADCC fosse ora uma Via Ápia, ora uma Via Dolorosa...
Os balanços, na Rato - ADCC, eram momentos de conflito sobre os erros cometidos e de como o futuro seria melhor. Ao contrário do PS, o erro foi sempre mais importante como elemento simultâneo de reflexão e acção. Parece bonito mas não é - porque a pergunta pulsava, umas vezes outras vezes menos: "Valeu a pena?"
Se penso em coisas más, também penso no que houve de bom e tenho de pensar nas pessoas - na Joana, na Maria, na Lisete, na Justyna, no Ville, na Katrin, na Paula, na Irene, no José, na Teresa, na Lubélia, no Mário, na Odete, na Francisca, no Costa... nomes atirados aleatoriamente que passaram e que estão ligados à associação em diferentes contextos e que sentiram gratidão pelo trabalho feito. Estes nomes correspondem a pessoas que foram sujeito e predicado. Mais do que políticos ou técnicos de juventude a mim o que é realmente importante é aquilo que podemos fazer por elas. Tentamos não esquecer isso - o que é muito fácil esquecer - afinal, estamos nisto pelos outros.Mas se há aquilo que me faz pensar que talvez este esforço todo faça sentido é a ideia de futuro que queremos fazer mais, melhor e diferente. Temos mais voluntários e mais jovens a fazerem actividades - tudo isto contraria as dificuldades diversas que uma organização juvenil em Portugal enfrenta. Isto não apaga a dúvida mas dá-lhe outros contornos.
Valeu a pena? Quando eu souber, eu digo-vos. OK?
Após a reunião da Comissão Política do PS sobre os 3 anos do governo socialista, Vitalino Canas deixou no espaço mediático nacional um rasgo de brilhantismo intelectual: o porta-voz do Partido Socialista afirmou que e eu cito:
quando se fazem balanços é, certamente, para realçar aquilo que se fez bem. E, foram tantas as coisas que fizemos bem, que não temos de perder tempo com o que fizermos mal...
UAU!!!
O meu espanto não se centra tanto na qualidade (ou falta dela...) dos actuais governantes do nosso País. O que me deixou "esmagado" foi a ideia de que se fazem balanços para serem certamente balanços positivos. Eu não faria isso...
Falo sobre isto porque no passado dia 15 de Março, a Rato - ADCC fez o seu "segundo" aniversário: no dia 29 de Fevereiro de 2000, fomos a Vendas Novas assinar a escritura de constituição - deste então, cantamos os parabéns 4 em 4 anos. É engraçado e torna as comemorações mais económicas! O Jorge Santos - director do Jornal - esteve lá e fez-me um desafio: "Olha lá faz um artigo sobre estes 8 anos, pá!" E eu - "OK, vamos ver o que sai..."
Sentei-me à frente do computador e coloquei uma questão que sempre colocámos na Rato - ADCC - "Valeu a pena?" Quem acampanhou o percurso da associação sabe que tudo isto nunca foi fácil, pelo contrário... houve uma grande persistência da nossa parte contra muitas adversidades que causaram um desgaste em muitas pessoas da associação que deixaram o projecto. As exigências e a necessidade em agarrar oportunidades trouxe uma fadiga e uma descrença naquilo que estamos a fazer - "Afinal de contas, está a valer a pena? O trabalho, o esforço e o sacrifício? Será que estamos no caminho certo? Será que tudo isto faz sentido? Será que vale mesmo a pena?"
Ao contrário do PS, as nossas assembleias gerais eram encontros sofridos quase masoquistas que nos obrigavam a confrontar com os problemas e com a necessidade urgente em encontrar soluções. Nada era bom, tudo era difícil - a falta de apoios, a necessidade em encontrar novos associados e a necessidade em afirmar um projecto juvenil a longo prazo com uma voz activa nas questões globais da Juventude no distrito de Setúbal... a pressão em crescer e corresponder às exigências que vinham de dentro e de fora - tudo isto fez com que o caminho da Rato - ADCC fosse ora uma Via Ápia, ora uma Via Dolorosa...
Os balanços, na Rato - ADCC, eram momentos de conflito sobre os erros cometidos e de como o futuro seria melhor. Ao contrário do PS, o erro foi sempre mais importante como elemento simultâneo de reflexão e acção. Parece bonito mas não é - porque a pergunta pulsava, umas vezes outras vezes menos: "Valeu a pena?"
Se penso em coisas más, também penso no que houve de bom e tenho de pensar nas pessoas - na Joana, na Maria, na Lisete, na Justyna, no Ville, na Katrin, na Paula, na Irene, no José, na Teresa, na Lubélia, no Mário, na Odete, na Francisca, no Costa... nomes atirados aleatoriamente que passaram e que estão ligados à associação em diferentes contextos e que sentiram gratidão pelo trabalho feito. Estes nomes correspondem a pessoas que foram sujeito e predicado. Mais do que políticos ou técnicos de juventude a mim o que é realmente importante é aquilo que podemos fazer por elas. Tentamos não esquecer isso - o que é muito fácil esquecer - afinal, estamos nisto pelos outros.Mas se há aquilo que me faz pensar que talvez este esforço todo faça sentido é a ideia de futuro que queremos fazer mais, melhor e diferente. Temos mais voluntários e mais jovens a fazerem actividades - tudo isto contraria as dificuldades diversas que uma organização juvenil em Portugal enfrenta. Isto não apaga a dúvida mas dá-lhe outros contornos.
Valeu a pena? Quando eu souber, eu digo-vos. OK?
sexta-feira, março 07, 2008
Amanhã a Rato - ADCC vai desenvolver uma oficina sobre blogue e era interessante eu praticar um bocadinho:
Agora quero deixar aqui algumas hiperligações úteis:
Contextualização
Definição de weblog na wikipedia [PT]
Definição de Blog na wikipedia [EN]
Blog History
Blogs in plain english
Social Networking in plain english
Web 2.0
The Machine is Us/ing Us (Final Version)
Video Blogger
Conceitos Técnicos
http://www.w3schools.com || site de referência para fazer código html
http://www.sosdesigners.com || site para designers
http://codigofonte.net || a mesma coisa
http://pt-br.html.net/tutorials/html || Tutorial em HTML
Cascade Style Sheet
http://www.maujor.com/ || site com exemplo engraçado com as caixas de cantos arredondados
http://www.maujor.com/tutorial/apoiofund_links.html || css para links
http://html-color-codes.com || códigos para as cores em HTML
Tutoriais em video para blogspot.com
Blogger: How to start a blog
Customizing Your Blogger Template
Adding Google adSense to a Blogger Blog
Um weblog, blog ou blogue é uma página da Web cujas atualizações (chamadas posts) são organizadas cronologicamente de forma inversa (como um diário). Estes posts podem ou não pertencer ao mesmo gênero de escrita, referir-se ao mesmo assunto ou ter sido escritos pela mesma pessoa.
in http://pt.wikipedia.org/wiki/Weblog
Agora quero deixar aqui algumas hiperligações úteis:
Contextualização
Definição de weblog na wikipedia [PT]
Definição de Blog na wikipedia [EN]
Blog History
Blogs in plain english
Social Networking in plain english
Web 2.0
The Machine is Us/ing Us (Final Version)
Video Blogger
Conceitos Técnicos
http://www.w3schools.com || site de referência para fazer código html
http://www.sosdesigners.com || site para designers
http://codigofonte.net || a mesma coisa
http://pt-br.html.net/tutorials/html || Tutorial em HTML
Cascade Style Sheet
http://www.maujor.com/ || site com exemplo engraçado com as caixas de cantos arredondados
http://www.maujor.com/tutorial/apoiofund_links.html || css para links
http://html-color-codes.com || códigos para as cores em HTML
Tutoriais em video para blogspot.com
Blogger: How to start a blog
Customizing Your Blogger Template
Adding Google adSense to a Blogger Blog
Subscrever:
Mensagens (Atom)